Brasil, 20 de setembro de 2025
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Gleide Andrade defende deputados do PT que votaram pela PEC da Blindagem

A tesoureira do PT, Gleide Andrade, manifesta apoio aos deputados petistas que votaram a favor da PEC da Blindagem em Minas Gerais.

A recente votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem causou grande polêmica no cenário político brasileiro. Durante uma reunião com correligionários em Minas Gerais, a tesoureira do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleide Andrade, se manifestou a respeito do apoio necessário aos deputados federais da legenda que optaram a favor da referida proposta. Andrade ressaltou que esses parlamentares merecem solidariedade, enfatizando a existência de uma orientação partidária sobre o tema.

A PEC da Blindagem e suas implicações

A PEC da Blindagem, aprovada pelos deputados na terça-feira (16/9), estabelece que a investigação ou prisão de parlamentares somente poderá ocorrer com a autorização de seus colegas, em um prazo máximo de 90 dias, exceto em casos de delito inafiançável ou flagrante. A proposta gera discussões acaloradas, especialmente sobre os riscos de impunidade que a medida pode promover.

Em sua fala, Gleide Andrade enfatizou a importância do apoio a esses 12 deputados, três deles representantes de Minas Gerais. “Neste momento, estes 12 deputados [petistas que votaram a favor da PEC] precisam da nossa solidariedade”, enfatizou a tesoureira, mencionando que havia uma orientação no partido sobre como votar.

“Os 12 que votaram, votaram porque seguiram uma orientação. E no meio do caminho, alguns votaram e, quando viram a repercussão nas redes, voltaram para trás”, afirmou Gleide Andrade.

Repercussão negativa nas redes sociais

A repercussão da aprovação da PEC da Blindagem foi intensa, levando não apenas petistas, mas também deputados de outros partidos, a se manifestarem nas redes sociais, pede desculpas pelo voto favorável. Um exemplo disso foi o deputado federal Merlong Solano (PT-PI), que se desculpou publicamente ao povo do Piauí e ao seu partido.

“Meu objetivo era ajudar a impedir o avanço da anistia e viabilizar a votação de pautas importantes para o povo brasileiro, como a isenção do Imposto de Renda, a MP do Gás do Povo, a taxação das casas de apostas e dos super-ricos, além do Plano Nacional de Educação”, comentou Solano em sua nota de desculpas.

A crítica à urgência para a Anistia

Gleide Andrade também expressou sua crítica à votação do regime de urgência para a tramitação do Projeto de Lei da Anistia. Ela alertou que, com essa aprovação, as implicações podem ser sérias. “A partir de agora, onde passa um boi, pasa uma boiada. Não vem com este papo de anistia light, não vem com este papo de redução de pena. Eles vão fazer o que eles quiserem e sabe o que eles querem? Eles querem livrar todos que atentaram contra o Estado Democrático de Direito”, declarou Andrade, enfatizando a gravidade da situação que se forma no panorama político do país.

Estudo de repercussão negativa

Um levantamento recente divulgado pela Genial Quaest tornou-se um importante indicador do descontentamento popular em relação à PEC da Blindagem. Os dados mostraram que 83% das menções nas redes sociais sobre a proposta foram negativas. Isso reflete não apenas uma resposta do público, mas também um sinal de alerta para os parlamentares sobre as consequências políticas que a votação pode acarretar.

O descontentamento popular pode ter ramificações significativas nas próximas eleições e na dinâmica do próprio Partido dos Trabalhadores, e os desdobramentos dessa situação ainda devem ser acompanhados de perto. Com o eleitorado cada vez mais atento e engajado, a reprovação da PEC da Blindagem é um reflexo claro do sentimento da população brasileira, que segue acompanhando atentamente o desenrolar dessa e de outras questões políticas relevantes.

A defesa de Gleide Andrade pela postura dos deputados é um recado claro dentro do partido, mas questionamentos ainda permanecem sobre a linha que o PT deseja seguir diante de um clima tão polarizado.

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