Brasil, 20 de setembro de 2025
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Aprovação da PEC da Blindagem gera repercussão negativa nas redes sociais

A PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara, enfrenta forte rejeição popular, segundo pesquisa do Instituto Quaest.

A recente aprovação da chamada “PEC da Blindagem” pela Câmara dos Deputados, em dois turnos, desencadeou uma onda de críticas nas redes sociais. Um levantamento realizado pelo Instituto Quaest revelou que, entre 16 e 19 de setembro, cerca de 80% das postagens sobre o tema foram negativas, com usuários expressando descontentamento em relação ao presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), e aos demais parlamentares envolvidos na votação.

A pressão popular e os pedidos de desculpas

Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo, a pressão nas redes sociais foi tão intensa que alguns parlamentares, como Silvye Alves (União-GO) e Merlong Solano (PT-PI), chegaram a pedir desculpas aos seus eleitores pelo voto favorável à proposta. As justificativas apresentadas por esses deputados foram variadas, variando desde ameaças de retaliações internas até a alegação de que precisavam fazer “sacrifícios” para evitar a votação da anistia promovida pela PEC.

A proporção do descontentamento

O levantamento da Quaest foi contundente: 83% das postagens criticaram diretamente Hugo Motta e os deputados que votaram a favor da proposta, em uma campanha digital que mobilizou opositores e influenciadores de esquerda. A hashtag “#CONGRESSOINIMIGODOPOVO” se destacou nas redes, evidenciando o descontentamento popular. Além disso, vídeos gerados por inteligência artificial contribuíram para amplificar essa tendência, sinalizando um clima enfático que pode influenciar as eleições de 2026.

Os números por trás da mobilização

O número de menções à PEC foi expressivo, alcançando 2,3 milhões de citações, com uma média de 24 mil postagens por hora e um alcance estimado de 44 milhões de contas nos mesmos dias. Participaram dessa mobilização 98 mil autores únicos, o que demonstra uma ampla participação cidadã, embora o volume tenha ficado aquém do ocorrido durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na “trama golpista”. Apesar disso, houve um engajamento maior do que o verificado durante o embate do governo Lula com o Congresso em julho deste ano.

Reações e narrativas opostas

Embora a maioria das menções tenha sido negativa, apenas 17% se mostraram favoráveis à PEC, predominantemente atribuídas a publicações de parlamentares e apoiadores bolsonaristas. Esses defensores da proposta insistem na narrativa de que a aprovação da matéria é uma proteção necessária diante da suposta “perseguição política” enfrentada por figuras como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes.

Menções negativas: manifestação e teorias de conspiração

Entre os comentários negativos, 46% foram voltados para o Congresso, enquanto 40% se referiram a uma manifestação marcada para ocorrer em várias cidades do Brasil contra a PEC da Blindagem. Além disso, 15% das postagens levantaram especulações sobre um suposto acordo entre a direita bolsonarista e o “Centrão” para a aprovação do requerimento de urgência do Projeto de Lei da Anistia.

Metodologia do levantamento

A Quaest utilizou uma metodologia de escuta ativa nas redes sociais, monitorando palavras-chave nas plataformas Instagram, Facebook, X (antigo Twitter), Reddit e YouTube. Além disso, a observação foi estendida a grupos de mensagens no WhatsApp, Telegram e Discord, permitindo uma visão abrangente da opinião pública em relação ao tema.

Com uma mobilização tão expressiva e reações polarizadas, a PEC da Blindagem promete ser um tema central nas discussões políticas dos próximos meses, evidenciando a crescente influência das redes sociais na política brasileira.

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