O último desdobramento do caso envolvendo o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes ocorreu no último fim de semana, quando Rafael Marcell Dias Simões, apelidado de ‘Jaguar’, foi preso no litoral de São Paulo. Ele é o sexto suspeito a ser detido em conexão com o crime brutal, que chocou a sociedade e levantou questões sobre a segurança pública na região.
Prisão de Jaguar e os detalhes do caso
Na madrugada de sábado (20), Jaguar se entregou à Delegacia Sede de São Vicente, acompanhado de seu advogado. A Justiça de São Paulo havia decretado sua prisão temporária na sexta-feira (19) e, conforme informações do boletim de ocorrência, o homem de 42 anos decidiu se apresentar após ser alertado sobre o mandado de prisão pela cobertura da mídia.
De acordo com a polícia, Jaguar tem uma extensa ficha criminal, incluindo acusações de sequestro. De acordo com seu advogado, Adonirã Correia, ele havia se afastado do crime organizado e sua intenção ao se entregar foi garantir a segurança dele e de sua família.
Contexto do assassinato de Ruy Ferraz Fontes
Ruy Ferraz Fontes, que trabalhou por mais de 40 anos na Polícia Civil e foi delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022, foi morto no dia 15 de setembro, após cumprir expediente na Prefeitura de Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração. O crime ocorreu em plena luz do dia, quando três homens armados desembarcaram de uma caminhonete e dispararam contra o ex-delegado, em uma ação que durou menos de 40 segundos.
A execução de Ruy levantou uma série de questionamentos, especialmente devido à sua história de combate ao crime organizado, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC). Sua atuação foi fundamental para desmantelar diversas operações da facção, e sua morte pode indicar uma retaliação ou um ato de violência ligado ao seu trabalho anterior.
A situação dos outros suspeitos
Além de Jaguar, outros dois suspeitos foram detidos: Dahesly Oliveira Pires e Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão. As autoridades também identificaram quatro outros foragidos, que estão sendo ativamente procurados.
Perfil dos foragidos
Entre os foragidos, Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano, teve seu DNA encontrado em um dos veículos usados no crime. Luiz Antonio Rodrigues de Miranda é suspeito de ter coordenado as operações do crime, enquanto Flávio Henrique Ferreira de Souza também teve seu DNA atestado. Willian Silva Marques, por sua vez, é apontado como proprietário do local onde os criminosos se reuniram.
Reações e o papel do advogado
O advogado de Jaguar, Adonirã Correia, defende a inocência de seu cliente, afirmando que ele pode comprovar sua versão por meio de registros de ponto e testemunhos. Segundo ele, Jaguar estava buscando a filha na escola no momento do crime e, por isso, deve ser exposto como um homem em processo de ressocialização.
A segurança pública em São Paulo é novamente colocada em dúvida com esta série de eventos. A secretaria de Segurança Pública confirmou a prisão e reafirmou seu compromisso de capturar todos os envolvidos na morte de Ruy Ferraz Fontes, enquanto investigações continuam em curso.
Legado de Ruy Ferraz Fontes
O ex-delegado é lembrado por sua contribuição significativa no combate ao crime organizado. Com um currículo extenso, que inclui investigações que levaram à prisão de líderes do PCC, Ruy Ferraz era uma figura respeitada não apenas pela Polícia Civil, mas também pela sociedade. Sua morte representa não apenas uma perda para sua família, mas um golpe severo para a luta contra a criminalidade no estado.
À medida que este caso se desenrola, a população aguarda por respostas e justiça. As autoridades estão mobilizadas, e as operações continuam para garantir que todos os responsáveis, tanto os capturados quanto os foragidos, sejam severamente responsabilizados.