O detento Francisco Lisboa da Silva foi encontrado morto na sexta-feira (19) dentro da Cadeia Pública da cidade de Altos, no norte do Piauí. O caso, que revela a complexidade do sistema penitenciário brasileiro, envolve também a atuação de facções criminosas que operam tanto dentro quanto fora das prisões.
Contexto do crime
Francisco Lisboa da Silva, que antes de sua detenção estava envolvido em uma série de crimes, como ferir a namorada e atropelar uma amiga, teve sua vida ceifada em circunstâncias brutais. Segundo informações fornecidas pela Polícia Civil, ele foi assassinado dentro da cela em que dividia espaço com outros cinco detentos. Os suspeitos do crime são três homens, identificados como B.S., de 27 anos, I.T.S., de 33 anos, e M.P.S., de 23 anos.
Execução orquestrada por facções
De acordo com o delegado André Moreno, a morte de Lisboa foi planejada por líderes de facções criminosas que atuam fora da penitenciária. Esse tipo de ligação entre o crime organizado dentro e fora dos presídios é uma realidade preocupante, que levanta questões sobre a segurança e controle nas unidades prisionais. “Através de diligências investigativas, conseguimos concluir que o homicídio foi orquestrado por líderes externos da facção, sendo executado por integrantes do grupo criminoso que se encontram no presídio”, afirmou Moreno.
Investigação em andamento
A Polícia Civil já deu início a um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Francisco Lisboa da Silva. O corpo foi encontrado com sinais de violência, incluindo a suspeita de um pescoço quebrado, e a cena do crime foi isolada para perícia. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente do caso, trabalhando em conjunto com a Delegacia Regional de Altos para desvendar os detalhes desse homicídio e suas possíveis motivações.