Brasil, 20 de setembro de 2025
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Doação de medula óssea muda a vida de jovem estudante no Piauí

Marco Antônio Santos se tornou doador após salvar uma criança com câncer e agora busca seguir carreira na área de saúde.

No Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, celebrado neste sábado (20), a história de Marco Antônio Santos, um estudante de 27 anos, se destaca. Ele é um exemplo de como uma simples ação pode ter um impacto profundo na vida de alguém. Em dezembro de 2024, Marco doou medula para uma criança com câncer, e desde então, sua trajetória pessoal e profissional mudou radicalmente.

Um ato de amor que transformou histórias

Marco optou por fazer sua doação apenas seis meses após se cadastrar como voluntário. Essa experiência não só foi marcante, mas transformadora. “Era a missão da minha vida. Não há nada mais importante que eu possa fazer hoje”, afirma Marco, ressaltando a importância de seu gesto altruísta. “Salvar a vida de uma criança não tem preço”, completa.

Com a certeza de que a doação estava alinhada com seu propósito de vida, ele decidiu mudar de curso. O estudante, que anteriormente estava em outra área, agora se dedica a estudar fisioterapia, com um foco especial em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e no atendimento a crianças. A ideia de ajudar pessoas que passam por dificuldades semelhantes às que ele vivenciou o motiva diariamente.

A importância da doação e o papel do Hemopi

A data de 20 de setembro é mais do que uma celebração; é um chamado à ação. O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea visa incentivar o registro de novos voluntários e facilitar a busca por doadores compatíveis ao redor do mundo. De acordo com dados locais, cerca de 100 mil pessoas no Piauí estão registradas como doadoras, representando apenas 3% da população do estado. Apesar desse número, a necessidade de doadores é grande, já que a compatibilidade genética raramente ocorre.

Marco destaca que muitas pessoas têm medo de se tornar doadoras, muitas vezes influenciadas por desinformação. “É uma experiência muito feliz e satisfatória. Esse medo pode ser superado com informação”, disse o estudante.

O impacto do registro no Brasil

O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) aponta que o Piauí ocupa 9,14% dos cadastros na região Nordeste do Brasil, ficando atrás de estados como Ceará e Bahia, que lideram o ranking. Essa situação sinaliza a importância da mobilização para aumentar a base de voluntários e contribuir efetivamente para salvar vidas.

A experiência de Marco na doação

Desde o início, Marco sempre teve um interesse pela doação de sangue e logo se tornou ativo no Hemopi. Seu primeiro ato solidário ocorreu em 2 de abril de 2024, no dia de seu aniversário, quando fez sua coleta de sangue. Simplesmente se cadastrar como doador foi um passo que trouxe uma série de mudanças em sua vida.

Seis meses depois de sua inscrição, Marco recebeu a ligação que mudaria seu destino. Era do Instituto Nacional de Câncer (Inca), informando que um paciente compatível com ele havia sido encontrado. “Foi uma alegria tão grande e um choque, porque foi tão pouco tempo. Já encontraram!”, relembra. Ele então aceitou seguir em frente com o processo e fez os exames necessários para confirmar sua aptidão como doador.

A doação ocorreu em Curitiba (PR), com todas as despesas cobertas pelo Redome, incluindo passagem, hospedagem e alimentação. “Quando conheci tudo de perto, isso me deu força. O pouco medo que eu tinha foi embora. Eu só queria fazer a doação”, diz Marco, emocional após o ato.

Ao doar 1 litro de medula óssea, Marco não só se tornou doador de medula, mas também passou a fazer doações de plaquetas e a manter um compromisso regular com a doação de sangue. Infelizmente, ainda não sabe a identidade da criança que recebeu sua medula, pois a legislação impede essa divulgação por um período que varia entre um ano e oito meses, embora, com seis meses, ele já possa obter informações sobre a saúde do paciente.

Uma nova vocação

Além de salvar vidas, Marco encontrou uma nova paixão em sua trajetória: ser fisioterapeuta. Sua decisão de mudar de curso é um reflexo do desejo de ajudar outros durante momentos difíceis. Ele acredita que, ao prestar cuidados a crianças em UTIs, poderá trazer conforto e esperança às famílias em situações igualmente críticas.

Marco Antônio Santos não é apenas um doador, mas um verdadeiro exemplo de cidadania e compaixão. Sua história inspira outros a se engajarem na causa e se lembrarem de que, por trás de cada doação, existe uma vida sendo salva. “Se cadastrar para ser doador é, talvez, a coisa mais importante que você possa fazer na vida”, conclui.

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