Brasil, 19 de setembro de 2025
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Ex-delegado é executado em emboscada em Praia Grande

Ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em Praia Grande; cinco suspeitos são identificados pela polícia.

No dia 15 de setembro, a tranquilidade da Praia Grande, no litoral paulista, foi abalada por uma execução brutal que chocou o estado de São Paulo. O ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi morto a tiros em uma emboscada enquanto dirigia o carro de sua esposa. Este crime audacioso trouxe à tona a elevada tensão entre facções criminosas e a segurança pública.

Suspeitos identificados e buscas em andamento

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) rapidamente iniciou as investigações e, a pedido da Polícia Civil, a Justiça decretou as prisões temporárias de cinco indivíduos suspeitos de participação no assassinato. Dentre eles, constam uma mulher e um homem já detidos, enquanto três homens permanecem foragidos:

  • Felipe Avelino da Silva (foragido): conhecido no Primeiro Comando da Capital (PCC) como Mascherano, teve seu DNA encontrado em um dos veículos utilizados no crime.
  • Flávio Henrique Ferreira de Souza (foragido): de 24 anos, também teve seu DNA localizado em um dos carros.
  • Luis Antonio Rodrigues de Miranda (foragido): suspeito de ter dado ordens para que uma mulher buscasse um dos fuzis utilizados na emboscada.
  • Dahesly Oliveira Pires (presa): detida sob a suspeita de ser a responsável por buscar o fuzil na Baixada Santista.
  • Luiz Henrique Santos Batista (preso): conhecido como Fofão, envolveu-se na logística da execução e foi preso após dar carona a um dos criminosos.

A polícia também investiga a possível ligação de Fernando Gonçalves dos Santos, apelidado de “Azul” ou “Colorido”, um conhecido chefe do PCC, com o caso. Uma das hipóteses é que o assassinato de Ruy Ferraz Fontes tenha sido motivado por seu histórico de combate a facções criminosas.

Histórico e implicações da morte do ex-delegado

Ruy Ferraz Fontes foi uma figura central no combate ao crime organizado, sendo responsável pela prisão de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, uma das principais lideranças do PCC. O ex-delegado, que também atuava como secretário da Administração em Praia Grande, pode ter atraído a ira da facção por sua atuação contínua contra o tráfico de drogas que assola o estado.

O secretário de Segurança, Guilherme Derrite, afirmou não ter dúvidas sobre o envolvimento do PCC na execução, mas destacou que a força-tarefa responsável pela investigação avaliará a possível participação de agentes de segurança no crime. “A dúvida é se a execução foi motivada por seu combate ao crime organizado ou por sua atuação atual”, disse Derrite em coletiva à imprensa.

Investigação em curso e detalhes do crime

As investigações estão em andamento, com os agentes do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em ação. No dia da execução, registros de câmeras de segurança mostraram ao menos seis homens encapuzados participando do crime, que fugiram logo após a emboscada.

As análises do material genético encontrado nos veículos utilizados pelos criminosos permitiram a identificação dos suspeitos, mas ainda não se sabe a exata participação de cada um no crime. A delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, observou que as investigações continuam intensas, buscando avaliar quantas pessoas realmente estiveram envolvidas na execução de Ruy.

A lista de suspeitos está crescendo, e as autoridades alertam que a população pode contribuir com informações que levem à captura dos foragidos através do Disque-Denúncia, número 181, onde a identidade do denunciante permanece anônima.

O impacto na sociedade e a resposta da segurança pública

O assassinato de Ruy Ferraz Fontes levanta questões sérias sobre a segurança pública no Brasil, especialmente em São Paulo, onde o tráfico de drogas e a violência das facções criminosas têm se intensificado. A morte de um ex-delegado-geral expõe a fragilidade do sistema de segurança e o alcance do crime organizado, que parece não hesitar em atacar figuras proeminentes do estado.

Os desdobramentos deste caso devem continuar a ser acompanhados de perto, não apenas pelas autoridades, mas também pela sociedade, que clama por respostas e medidas eficazes contra a criminalidade. À medida que a investigação avança, a população aguarda ansiosamente por justiça e a restauração da ordem nas ruas, que continuam a ser ameaçadas pela violência do crime organizado.

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