A ex-promotora Pam Bondi, aliada de Donald Trump, enfrentou forte reação negativa após anunciar que seu departamento investigaria pessoas por suposto “discurso de ódio” relacionado à morte do ativista conservador Charlie Kirk. A declaração gerou polêmica e deixou aliados próximos ao ex-presidente em alerta, questionando seus limites à liberdade de expressão.
Reações de aliados de Trump à tentativa de limitar o discurso
Senador Ted Cruz (R-Texas) declarou ao Politico que, independentemente de quão “malévolas ou preconceituosas” sejam as palavras, elas não podem ser criminalizadas. Da mesma forma, o presidente da Câmara, Mike Johnson (R-La.), afirmou ser “antiamericano” censurar opiniões discordantes, reforçando a resistência a qualquer tentativa de limitar o direito de expressão.
Megyn Kelly, ex-funcionária da Fox News, expressou perplexidade com as declarações de Bondi ao afirmar que ela deveria se calar, enquanto o comentarista Matt Walsh criticou a ideia de que “discurso de ódio” seja uma noção coerente ou válida.
Esclarecimento e repercussão pública
Nesta terça-feira, Bondi tentou esclarecer suas declarações em entrevista ao Axios, afirmando que sua intenção era falar sobre ameaças de violência e não criminalizar opiniões legítimas. “A liberdade de expressão é sagrada em nosso país e nunca irá ser impedida”, garantiu.
Impacto na mídia e na sociedade conservadora
Narrativas extremistas e figuras conservadoras da mídia de direita reagiram de forma contundente às declarações de Bondi. Diversos indivíduos perderam seus empregos por criticar, após a morte de Kirk, a postura radical do ativista, enquanto uma campanha de doxxing começou a identificar e divulgar informações de cidadãos que celebraram ou zombaram do falecimento online.
O episódio evidencia a crescente tensão dentro do espectro conservador na discussão sobre os limites do discurso livre e o que constitui ameaça à segurança ou à ordem pública.
Este artigo foi originalmente publicado no HuffPost.