Karoline Leavitt, conhecida por sua forte ligação com círculos conservadores, divulgou uma teoria religiosa controversa em suas redes sociais nesta terça-feira sobre a morte do ativista Charlie Kirk. Ela relacionou um terremoto de 4.1 de magnitude na Utah com um suposto aviso divino, após o ativista ter sido morto em Orem, Utah.
Teoria religiosa e tragédia em Utah
Leavitt afirmou que o terremoto ocorrido perto de Vernal, a aproximadamente 150 milhas de Orem, foi um sinal de Deus: “Na noite em que Charlie foi baleado, um terremoto de 4.1 atingiu Utah. Na Bíblia, 40 representam provas; 41, uma mudança. O terremoto aconteceu às 5h57, horário local, às 7h57, horário de Nova York,” escreveu ela em sua história no Instagram. Segundo a assessora, “Atos 7:57 descreve Estêvão, o primeiro mártir, apedrejado enquanto a multidão silenciava sua verdade. A Bíblia diz que a terra treme quando Deus fica irado. Naquela noite, enquanto uma voz era silenciada, o chão gemeu.”
O incidente foi relatado pela mídia local, como pelo jornal KUTV, que confirmou a ocorrência do abalo sísmico na região de Uintah Basin, no leste de Utah.
Declarações controversas e afirmações de Leavitt
Leavitt, devota católica, afirmou também que forças demoníacas estavam por trás de outros episódios violentos. Ela atribuiu o ataque a uma escola católica em Minneapolis, em agosto, a uma “força demoníaca”.
“Há uma força demoníaca em movimento quando um transtornado trans atira em crianças da escola católica,” escreveu ela, criticando líderes progressistas por supostamente relacionarem os acontecimentos à política ou à questão das armas e transgeneridade.
Além disso, Leavitt declarou ao Christian Broadcasting Network que acredita que o presidente Donald Trump foi salvo por graça divina em um episódio em Butler, Pensilvânia, em 13 de julho, o que teria um significado especial na sua visão de uma batalha espiritual.
Histórico de afirmações espirituais
Desde março, Leavitt tem defendido a ideia de “guerra espiritual”, alegando que eventos violentos e tragédias são manifestações dessa luta. Ela atribuiu, por exemplo, a um suposto ataque de forças malignas o ocorrido em um comício de Trump em 2024, quando ela afirmou que o presidente foi “atingido por uma bala”.
A posição de Leavitt tem sido alvo de críticas entre seus pares e muitos internautas, que consideram suas afirmações como uma apropriação sensacionalista de tragédias e acontecimentos históricos. Sua relação com temas religiosos e a interpretação de eventos como sinais divinos continuam gerando controvérsia e debates acalorados nas redes sociais.
Repercussão e impacto
Especialistas em comunicação e religião indicam que as declarações de Leavitt refletem uma tendência de associar tragédias a manifestações de um conflito espiritual, muitas vezes de forma especulativa. Enquanto apoiadores veem suas afirmações como expressão de fé, críticos atentam para o risco de usar eventos sensíveis para promover agendas políticas e religiosas extremadas.
A discussão sobre o papel da religião na interpretação de acontecimentos públicos e políticos permanece em evidência, especialmente em um momento de polarização intensa no país.
Por ora, as teorias de Leavitt continuam alimentando o debate sobre os limites entre fé, interpretação de tragédias e responsabilidade no discurso público.