Brasil, 19 de setembro de 2025
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Funcionários denunciam condições precárias de ambulâncias do Iges no DF

Funcionários do Iges revelam situação alarmante das ambulâncias, com problemas que comprometem atendimento à saúde no DF.

No coração do Distrito Federal, um alarme soa entre os funcionários do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges). Denúncias sobre as condições das ambulâncias utilizadas para emergências têm levantado preocupações sobre a segurança e a eficiência do atendimento médico na região. As informações, provenientes de funcionários e ex-funcionários, descrevem uma realidade alarmante: veículos com portas quebradas, pneus carecas e até fumaça saindo dos motores. Essa situação, além de precária, pode colocar em risco a vida de pacientes que necessitam de transporte urgente.

Denúncias das condições das ambulâncias

O Iges é responsável pela administração de 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e dos hospitais de Base, de Santa Maria e da Cidade do Sol. As ambulâncias em questão são fornecidas pela empresa UTI Vida, que tem sido alvo de críticas severas. Funcioários relatam que não apenas a estrutura dos veículos é deficiente, mas também os insumos básicos para a higiene e conservação. Eduardo Gomes, um técnico de enfermagem que trabalhou na UTI Vida, descreve a realidade enfrentada por sua equipe: “A empresa não fornecia produtos de higiene. Muitas vezes a gente tirava do próprio bolso para comprar sabão, vassoura, pano, ou pedia emprestado em UPAs e hospitais”.

Impacto no atendimento aos pacientes

A situação das ambulâncias não apenas causa desconforto aos profissionais da saúde, mas também afeta diretamente o atendimento a pacientes. De acordo com os funcionários, as péssimas condições das ambulâncias levam a atrasos em exames e comprometem a qualidade do atendimento. Uma funcionária comentou que “muita ambulância não tinha freio de mão ou maçaneta, o que torna o atendimento ainda mais arriscado”. Essas falhas estruturais não são apenas inconvenientes, mas representam um sério risco à saúde dos pacientes transportados.

Reação das autoridades e da empresa responsável

A UTI Vida se defendeu das acusações, afirmando que as alegações são “inverídicas” e que a frota passa regularmente por manutenção. Por outro lado, o Iges e o Tribunal de Contas do DF também foram acionados. Este último estabeleceu um prazo de 30 dias para que a saúde pública do DF e o Iges apresentassem um plano de regularização das ambulâncias.

A Secretaria de Saúde do DF, por sua vez, deixou claro que não possui contrato vigente com a UTI Vida para o transporte de pacientes críticos, ressaltando que o transporte entre unidades de atendimento é feito através de estrutura específica. O Iges, em resposta, afirma que mantém contratos com a empresa UTI Vida e que todos os serviços prestados são monitorados, reforçando que a fiscalização é constante.

Novo processo licitatório em andamento

Com o crescente clamor por melhorias, o Iges anunciou que um novo processo licitatório está em andamento, que exigirá ambulâncias novas, visando garantir segurança operacional e melhoria na qualidade assistencial. Este passo é visto como crucial para restaurar a confiança do público no sistema de saúde do DF e proporcionar um atendimento adequado à população.

Além disso, o Iges reafirmou seu compromisso com a fiscalização rigorosa de todos os contratos, buscando garantir transparência na gestão e segurança dos pacientes. A situação das ambulâncias sublinha a luta constante por um serviço de saúde que atenda às necessidades da população e destaca a importância de se ouvir a voz dos trabalhadores da saúde, que vivem diariamente a realidade do sistema.

O futuro da saúde no DF

A situação atual das ambulâncias do Iges serve como um alerta para a necessidade de revisão e investimento na infraestrutura de saúde pública do Distrito Federal. Conforme a população exige melhores condições, o comprometimento das autoridades em resolver essas questões se torna imprescindível. A saúde é um direito fundamental e deve ser tratada com seriedade e responsabilidade, não apenas em discursos, mas também em ações concretas que promovam a saúde e a segurança da população.

É crucial que cidadãos, profissionais de saúde e gestores públicos unam esforços em prol de um sistema de saúde que realmente funcione e que atenda às necessidades de todos. Somente assim será possível garantir um futuro mais saudável e seguro para todos que vivem no Distrito Federal.

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