Brasil, 19 de setembro de 2025
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Aumento da violência jihadista preocupa no Benin

Após ataque em Kalalé, bispo local alerta sobre a segurança e interrupção das atividades pastorais.

O Benin, um país conhecido por sua estabilidade, enfrenta um aumento alarmante da violência jihadista que tem gerado preocupações generalizadas sobre a segurança entre suas comunidades. Recentemente, um ataque a um vilarejo na região de Kalalé, realizado por um grupo armado, resultou no sequestro de seis moradores e deixou a população em estado de medo. O bispo de N’Dali, dom Martin Adjou Moumouni, explicou que o grupo não apenas saqueou casas, mas também ameaçou voltar a atacar.

A evasão do vilarejo de Kalalé

O ataque ocorreu no dia 10 de setembro e envolveu cerca de 200 militantes que saquearam as propriedades locais, levando consigo carros, motos e reféns. “Eles prometeram atacar de novo”, afirmou dom Moumouni à agência Fides. O bispo acredita que a ação do grupo esteja ligada a uma tentativa de sequestrar soldados e policiais, visando exigir a libertação de seu líder, que se encontra detido no Benin. A estratégia se evidenciou com a tentativa do grupo de assaltar a delegacia local e emboscar militares em uma base próxima, embora esses confrontos não tenham resultado em vítimas.

Sequestros e interrupção das atividades pastorais

Os sequestros na região não são novos. No final de julho, outros cinco civis foram sequestrados, e dois deles já foram libertados antes do ataque em Kalalé. Ao todo, nove pessoas permanecem nas mãos dos jihadistas, incluindo um operário pastoral da diocese local. Dom Moumouni expressou sua preocupação com a segurança dos civis e a possibilidade de que esses ataques continuem a ameaçar as atividades da Igreja, que historicamente têm sido um pilar de apoio na comunidade.

Antes da escalada da violência, Kalalé era um importante centro de atividades missionárias, notadamente aquelas promovidas pela Sociedade das Missões Africanas (SMA). “Devido às ameaças, tivemos de evacuar as irmãs da Companhia de Jesus Salvador, uma ordem de origem espanhola”, lembrou o bispo.

Um cenário de insegurança crescente

Os recentíssimos ataques têm gerado uma sensação de vulnerabilidade em um país que, até então, havia sido um refúgio para a diversidade cultural e religiosa. Em abril deste ano, um ataque devastador a postos avançados do exército no norte do Benin resultou na morte de 54 militares, chocando a nação. Este ataque foi atribuído a um grupo jihadista que opera na região da tríplice fronteira entre Benin, Níger e Burquina Faso. A Conferência Episcopal do Benin lamentou a perda dos soldados, pedindo orações por suas almas e pela segurança de todos os defensores do país.

O crescente aumento da violência jihadista, especialmente em áreas anteriormente consideradas seguras, reflete uma complexa interseção de fatores regionais e locais. A tensão religiosa, a instabilidade política nos países vizinhos e a ausência de resposta militar eficaz têm contribuído para a proliferação dessas ações violentas.

Embora o governo do Benin esteja adotando medidas para conter a violência, a população local se vê em um ciclo de medo e incerteza sobre o futuro, especialmente para aqueles que buscam apoio espiritual e comunitário em meio a essa crise. À medida que a situação evolui, a solidariedade e o apoio à comunidade tornam-se ainda mais essenciais para enfrentar essa nova realidade de insegurança e ameaças constantes.

*Com informações da agência Fides.

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