O ministro da Economia da Argentina, Sergio Caputo, afirmou nesta quinta-feira que o país venderá até o último dólar disponível no teto da banda cambial, após o Banco Central realizar novas intervenções no mercado de câmbio. A medida ocorre após o dólar superar o limite superior da faixa definida pelo governo.
Novas intervenções no mercado cambial argentino
Nos últimos dois dias, o Banco Central da Argentina despendiou US$ 432 milhões na tentativa de conter a valorização da moeda americana. Essas ações marcaram a primeira intervenção após o país adotar um regime de banda cambial, uma mudança na política após décadas de controle rígido das taxas de câmbio pelo governo. Segundo o Geraldo Globo, o país buscava, com essa mudança, liberalizar seu mercado de câmbio e estabilizar a moeda.
Contexto e apoio internacional
A adoção do regime de banda cambial faz parte de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que liberou US$ 20 bilhões para ajudar a Argentina a restabelecer a estabilidade econômica. O programa do governo Milei prevê que os dólares em poder do Banco Central sejam utilizados exclusivamente para defender o limite superior da banda cambial, garantindo maior controle sobre a moeda local.
Cuidados com as reservas do Banco Central
Segundo o ministro Caputo, as reservas líquidas do Banco Central, atualmente estimadas em US$ 6 bilhões, estão sendo preservadas para evitar desgastes excessivos. “Não vamos nos desviar do programa”, afirmou o ministro, reforçando o compromisso do governo com a política de defesa do teto cambial.
Perspectivas econômicas e cenário político
Apesar do cenário político turbulento, o ministro destacou que a Argentina mantém superávit fiscal e comercial, além de um Banco Central capitalizado e sem emissão monetária adicional. Ele afirmou ainda que há dólares suficientes para atender à demanda do mercado local, garantindo estabilidade cambial e controle da inflação.
“Há dólares suficientes para todos”, declarou Caputo, demonstrando confiança na capacidade de o país sustentar a sua política cambial enquanto mantém os fundamentos macroeconômicos sólidos, mesmo em meio a tensões políticas internas.
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