Brasil, 19 de setembro de 2025
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Dólar sobe e mercado acompanha debate sobre PEC da Blindagem no STF

O dólar iniciou a sexta-feira em alta, refletindo preocupações políticas enquanto o mercado monitora a PEC da Blindagem no STF e decisões econômicas globais

Na manhã desta sexta-feira (19), o dólar começou o dia em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,331 às 09h05, enquanto o Ibovespa ainda aguarda a abertura às 10h. A semana foi marcada por decisões de juros no Brasil e Estados Unidos, mas, neste momento, o foco do mercado está voltado para o cenário político brasileiro, especialmente a PEC da Blindagem que será analisada no Supremo Tribunal Federal (STF).

PEC da Blindagem e o impacto no cenário político e econômico

A discussão sobre a PEC da Blindagem, que visa proteger políticos de responsabilidades em atos considerados ilícitos, como o caso da invasão do STF, está entre os fatores que influenciam a volatilidade do dólar e do mercado financeiro. A pauta tem potencial de alterar o ambiente eleitoral de 2026 e atrair atenção dos investidores, que monitoram possíveis desdobramentos dessa tramitação no STF.

Decisões no Congresso e expectativas de mercado

O relator do Projeto de Lei (PL) da Anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), afirmou nesta sexta-feira (19) que pretende apresentar um relatório com foco na redução de penas, sem incluir o perdão total aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A proposta busca contribuir para a pacificação nacional ao diminuir sanções para todos os envolvidos, incluindo apoiadores, organizadores e militares que enfrentam julgamentos.

Reação dos mercados globais às decisões de juros

Nos Estados Unidos, a Bolsa de Nova York reagiu positivamente ao corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Federal Reserve, o primeiro do ano. Jerome Powell, presidente do Fed, reforçou a prioridade de conter a perda de força no mercado de trabalho, o que impulsionou o índice S&P 500, que subiu 0,47%, e o Nasdaq, que avançou 0,94%. Tais movimentos indicam expectativa de novas reduções de juros até o final de 2025.

Na Europa, as principais bolsas fecharam em alta, acompanhando o movimento dos Estados Unidos. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,80%, enquanto Frankfurt, Londres, Paris e Milão tiveram altas entre 0,21% e 1,35%, impulsionadas pelo corte de juros americano e pelo otimismo com o ciclo de cortes que deve perdurar até o próximo ano.

Mercados asiáticos com resultados mistos

Na Ásia, o humor foi um pouco mais reservado. Os índices de Xangai e CSI300 recuaram, após realizações de lucros por parte dos investidores, mesmo diante do corte de juros nos EUA. Xangai caiu 1,15%, encerrando em 3.831 pontos, o menor nível desde 2015. Tóquio e Seul, por outro lado, apresentaram alta, enquanto Hong Kong e Cingapura tiveram perdas.

Operações cambiais e seu impacto imediato

Além do movimento político, o Banco Central realiza nesta sexta-feira um leilão de linha de até US$ 2 bilhões, renovando US$ 3 bilhões dos US$ 5 bilhões que vencem no início de outubro. Embora a operação não altere diretamente a cotação do dólar, ela influencia o chamado cupom cambial, que é a taxa de juros em moeda americana no Brasil.

O acumulado do dólar nesta semana é de -0,65%, e no mês, de -1,90%, enquanto o avanço no ano permanece em 13,93%. Já o Ibovespa teve um desempenho positivo, com alta de 2,27% na semana e de 2,88% no mês, refletindo a confiança dos investidores na recuperação econômica brasileira.

Especialistas aguardam com expectativa a decisão do STF sobre a PEC da Blindagem, que pode ter repercussões duradouras no cenário político e financeiro do país.

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