Brasil, 19 de setembro de 2025
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Plano de crédito do governo enfrenta desafios com juros elevados e inadimplência

Programa de crédito do presidente Lula, prometido para tornar empréstimos mais baratos, enfrenta problemas técnicos e aumento da inadimplência

O programa de crédito consignado, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma estratégia para oferecer juros mais baixos aos trabalhadores de baixa renda, vem enfrentando dificuldades após seu lançamento. Problemas operacionais e aumento da inadimplência levaram bancos e o governo a discutirem ajustes na iniciativa, que já registra taxas de inadimplência de até 16% em agosto, forçando o aumento dos juros.

Desafios técnicos e aumento da inadimplência no programa

Chamado de “empréstimo do Lula” por Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, o programa fornece aos bancos acesso a uma base de dados da folha de pagamento de trabalhadores do setor privado e garantias contra demissões. Contudo, problemas técnicos têm prejudicado sua operação, incluindo envio incorreto de pagamentos aos bancos e dificuldades na identificação dos clientes. Como resultado, a inadimplência no programa subiu para até 16% em agosto, levando os bancos a elevarem os juros, que atingiram taxas acima do esperado.

Problemas operacionais e impacto financeiro

Segundo Rafael Baldi, diretor de produtos da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a inadimplência é resultado de questões operacionais, como envio de pagamentos aos bancos errados, e não de falta de pagamento por parte dos clientes. “A inadimplência se dá por conta de problemas operacionais”, afirmou. Ainda assim, a crise operativa tem gerado debates sobre a viabilidade de reajustes no sistema automáticos e na ampliação do programa.

Contexto eleitoral e recentes resultados do programa

Com as eleições de 2026 em mira, o governo Lula lançou o “novo consignado” há cinco meses, buscando ampliar o acesso ao crédito, especialmente para quem ganha salários baixos e trabalhadores domésticos. Desde o início, a expectativa era de que o programa ajudasse a diminuir juros e oferecer melhores condições financeiras aos trabalhadores. No entanto, após esse período, os problemas técnicos revelaram limitações e riscos elevados.

De acordo com fontes do Ministério da Fazenda, o programa já gerou mais de R$ 20 bilhões em novos empréstimos em quatro meses, ampliando significativamente o volume de crédito, que em 22 anos totalizava R$ 40 bilhões. “Mais do que estimular a economia, o programa busca corrigir distorções do sistema financeiro”, afirmou uma fonte técnica, sob condição de anonimato.

Influência dos bancos e perspectivas futuras

O setor bancário, que inicialmente foi reticente, vê possibilidades de crescimento à medida que instituições maiores entrarem no sistema, o que deve ajudar a reduzir as taxas de juros. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) revela que, até setembro, bancos menores e fintechs responderam por 34% dos empréstimos, uma mudança significativa diante dos 90% concentrados nos maiores bancos no início do programa.

Mário Mesquita, economista do Itaú, afirmou que a expansão do programa dependerá do envolvimento de bancos de grande porte e da automação do sistema, o que levará algum tempo. Já Marcelo Noronha, presidente do Bradesco, afirmou que o banco mantém cautela até que a operação esteja totalmente consolidada.

Conclusões e próximos passos

Especialistas apontam que o sucesso do programa depende da resolução dos problemas operacionais e da automação completa do sistema, que deve acontecer gradualmente. O governo busca ajustar detalhes da plataforma, enquanto tenta equilibrar os objetivos de ampliar o acesso ao crédito e manter a saúde financeira do setor.

Para saber mais, consulte o artigo completo.

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