A deputada estadual republicana Marjorie Taylor Greene, de Geórgia, afirmou nesta segunda-feira que os Estados Unidos precisam de um “divórcio nacional” após a morte de Charlie Kirk, uma figura influente do movimento conservador. A declaração foi feita em uma publicação extensa na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, onde Greene critica a polarização política vigente no país.
Greene e a proposta de divisão do país
No post, Greene afirmou que a morte de Kirk, ocorrida em um debate pacífico, mostrou que “não há mais o que conversar com a esquerda”. Segundo ela, os apoiadores do lado oposto “celebraram” o fato, deixando claro que desejam que “todos nós morramos”. A deputada falou ainda que o país “não é mais seguro para ninguém” e que a única solução seria um “divórcio pacífico”.
Greene já havia mencionado a ideia de uma divisão em uma publicação anterior, em 2023, ao propor que os “estados vermelhos e azuis” fossem separados para “enxugar o governo federal”. Na época, muitos interpretaram sua proposta como uma sugestão de uma espécie de “Guerra Civil-lite”, dado o tom de separação radical.
Contexto e reações
As declarações de Greene vêm em meio a um momento de intensa polarização política nos Estados Unidos, marcado por episódios de violência e manifestações de rancor entre diferentes grupos ideológicos. A morte de Kirk, uma figura conhecida por promover debates civis, foi vista por Greene como um símbolo da ruptura interna que ela acredita estar ocorrendo.
Especialistas avaliam que tais propostas de divisão representam uma volta a ideais extremistas que ameaçam a estabilidade democrática do país. “Falar em se separar por cores políticas reforça uma narrativa de conflito irreconciliável”, comenta a analista política Laura Monteiro, da Universidade de São Paulo.
Repercussões e perspectivas futuras
As manifestações de Greene geraram reações variadas, tanto entre aliados quanto entre opositores. Alguns veem suas propostas como uma tentativa de dramatizar a crise, enquanto outros consideram que tais discursos alimentam ainda mais a polarização e o risco de conflitos internos.
Até o momento, não há indicações de que o governo federal ou outras autoridades estejam considerando a implementação de medidas nesse sentido. No entanto, o discurso de divisão mantém-se como um tópico quente na pauta política americana, alimentando debates sobre o futuro da democracia no país.
