Brasil, 19 de setembro de 2025
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Morte de três cachorros em pet shop gera comoção e investigação em Americana

Família descobre morte de pets por WhatsApp após atraso na devolução.

Recentemente, a cidade de Americana, em São Paulo, foi surpreendida por um trágico incidente que resultou na morte de três cachorros enquanto estavam sob os cuidados de um pet shop local. Os animais, pertencentes a uma idosa de 71 anos, foram encontrados sem vida e seus tutores foram informados pelo WhatsApp. O caso gerou indignação e chamou a atenção para as responsabilidades que envolvem o cuidado de animais em estabelecimentos especializados.

O fatídico dia em Americana

Na quinta-feira, 11 de setembro, Luna (10 anos) e Cristal (8 anos), ambas da raça shih tzu, e Fofão (11 anos), um lhasa apso, foram deixados sob os cuidados da proprietária do pet shop Agropet São Domingos. A expectativa era de que os animais retornassem para casa após um banho e tosa programados para as 12h daquele dia. No entanto, o que deveria ser um simples dia de cuidados se transformou em uma tragédia.

Após horas de espera, a família preocupada começou a questionar a proprietária do estabelecimento sobre o atraso. A resposta recebida foi devastadora: os animais haviam morrido. O filho da tutora relatou que a proprietária do pet shop alegou ter deixado os cães dentro do carro por cerca de uma hora e meia, enquanto realizava outra entrega.

Causas e reações diante da tragédia

De acordo com o boletim de ocorrência, a causa provável da morte foi hipertermia, que é o aumento excessivo da temperatura corporal devido a condições climáticas adversas. Naquele dia, as temperaturas em Americana chegaram a 33,3 ºC, com umidade relativa do ar abaixo dos 10%, condições extremamente perigosas para animais, especialmente aqueles de focinho curto.

A médica veterinária Patrícia Comelato, responsável por analisar os corpos dos cães, observou que não havia indícios de maus-tratos. “Acredito que a proprietária não tinha noção da gravidade do calor para esses animais,” afirmou a vet. Esta visão é corroborada pelo advogado da família, que destaca que a situação é um alerta sobre a responsabilidade necessária por parte dos centros de cuidados de animais.

A resposta do pet shop e questões legais

A defesa do pet shop se pronuncia alegando que o ocorrido foi uma fatalidade, ressaltando que a proprietária sempre atuou com zelo e responsabilidade. Em nota, os advogados afirmaram que trajetos semelhantes já foram feitos no passado sem problemas e reforçaram que a proprietária estava abalada ao comunicar a morte dos animais.

O advogado da família, Rafael Possodon, que acompanha o caso, enfatizou que a família está em estado de choque e que estão avaliando as possibilidades legais. “Estamos aguardando a investigação para verificar se houve abuso de animais, que pode resultar em penas de 2 a 5 anos e proibição de guarda de novos animais,” afirmou.

O que se pode aprender com essa tragédia?

Esse triste evento chama a atenção para a importância do cuidado adequado e da responsabilidade na prestação de serviços aos animais. É fundamental que os tutores de pets fiquem atentos às condições em que seus animais são mantidos fora de casa, e que estabelecimentos que prestam esses serviços sejam capazes de garantir a segurança e o bem-estar dos animais que estão sob seus cuidados.

Infelizmente, essa situação evidencia que tragédias podem ocorrer quando os cuidados mínimos não são respeitados. A gestão adequada de riscos, especialmente em condições climáticas extremas, deve ser uma prioridade para todos os estabelecimentos que cuidam de animais.

Conclusão e reflexão

O caso dos três cães que faleceram em Americana não é apenas uma história de tragédia, mas um chamado à ação para a sociedade e para os responsáveis por animais. Espera-se que as investigações possam trazer justiça à família e que essa situação sirva de lição para que episódios assim não se repitam.

A proteção dos animais é uma responsabilidade coletiva, e é vital que todos, desde os tutores até os estabelecimentos, estejam conscientes de suas obrigações e da necessidade de agir com compaixão e profissionalismo.

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