A HBO divulgou um novo episódio da série documental The Case Against Adnan Syed, que encerra a saga de um homem condenado por homicídio aos 18 anos e que passou 23 anos na prisão. O episódio, lançado em 2025, retrata a libertação de Syed em 2022, após anos de controvérsia, e os desdobramentos jurídicos após sua liberação temporária.
Revisão do caso e dúvidas internas
Syed foi condenado pelo assassinato de Hae Min Lee em Baltimore, em 1999, com base no testemunho de Jay Wilds, amigo de Syed, que afirmou ajudar a enterrar o corpo. Segundo a diretora Amy Berg, porém, “não há evidências físicas que liguem Syed ao crime”, levantando dúvidas sobre a sua culpabilidade.
Reapreciação do caso em 2020
O episódio destaca uma investigação de 2020, quando policiais passaram a repensar o caso após uma denúncia de um postal que apontava para Alonzo Sellers, que afirmou ter encontrado o corpo de Lee em Leakin Park. Sellers, que tinha antecedentes por agressão, não teve seu DNA confrontado com o de Lee. Sellers não respondeu ao pedido de comentário de HBO.
Caminho para a liberdade e suas consequências
Syed foi libertado em 2022, mas sua condenação foi renovada em 2023 por decisão do Tribunal de Maryland, que alegou falta de aviso adequado aos familiares de Lee sobre sua soltura. Apesar disso, em março de 2025, um juiz decidiu que Syed não representava risco à sociedade, e ele não precisará retornar à prisão.
Reencontro com a família e novas perspectivas
No episódio, Syed retorna à sua casa de infância, reencontra seus pais e seu irmão, e reflete sobre a longa ausência. “Não toquei numa árvore há quase 24 anos”, diz, ao tocar uma árvore no quintal da família.
Pontos em aberto e questionamentos
Apesar das novas investigações, nenhuma outra suspeita foi formalmente acusada até maio de 2025, e as autoridades de Baltimore ainda não realizaram testes de DNA em possíveis suspeitos alternativos.
A série termina apontando que, embora Syed tenha sido liberto, a essência do caso permanece sem solução definitiva, reforçando as dúvidas sobre sua condenação inicial e o que realmente aconteceu há mais de duas décadas.