Durante uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro britânico Sir Keir Starmer nesta quinta-feira (22), Donald Trump afirmou que o presidente russo Vladimir Putin o “deixou na mão” na tentativa de intermediar uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia. A visita oficial ao Reino Unido também incluiu a assinatura de um acordo tecnológico de bilhões de dólares entre os dois países.
Críticas públicas ao líder russo e avaliações do conflito
Trump admitiu que, apesar de sua relação com Putin, a missão de encerrar a guerra iniciada em 2022 tem sido mais difícil do que esperava. “Aquele que pensei que seria mais fácil, por causa do meu relacionamento com Putin, foi a Rússia e a Ucrânia… Mas ele me decepcionou. Ele realmente me deixou na mão”, declarou, reforçando que Putin tem causado muitas mortes e que os soldados russos estão sendo mortos em maior proporção do que os ucranianos.
Esforços diplomáticos e impasses
O ex-presidente recordou sua visita a Alasca em agosto, quando esteve com Putin para discutir um possível cessar-fogo na guerra. O encontro, que foi considerado de alta importância, terminou prematuramente sem um acordo formal, com ambos os líderes se limitando a breves intervenções na imprensa.
Desde então, Trump prometeu reforçar as sanções contra a Rússia, especialmente após os recentes ataques a Kiev e ao governo ucraniano. No entanto, ele recuou de sua postura dura, alegando que só aplicará novas medidas quando todos os países da Otan impedirem a compra de petróleo russo e imporem tarifas sobre a China.
Controvérsia sobre sanções e apoiadores internacionais
Questionado sobre as sanções a Moscou, Trump mencionou tarifas recente impostas à Índia e à China, por suas compras de petróleo russo e apoio ao Kremlin durante a invasão. “Estou disposto a fazer mais, mas não quando os povos que estou tentando proteger continuam a comprar petróleo da Rússia”, afirmou, demonstrando frustração com alguns países europeus que ainda importam energia russa.
Perspectivas futuras
O discurso de Trump evidencia o desafio de mediar um conflito complexo, além de refletir suas opiniões pessoais sobre a postura internacional e o papel de Washington na crise. Sua postura, embora crítica às ações de Putin, também revela um alinhamento estratégico com interesses econômicos e políticos globais, que podem influenciar futuras negociações.