Brasil, 18 de setembro de 2025
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União Europeia suspende apoio a Israel em meio a ofensiva em Gaza

A União Europeia suspendeu medidas de apoio a Israel em meio à ofensiva em Gaza, onde hospitais estão em colapso e mulheres dão à luz nas ruas.

Enquanto continua a pesada ofensiva terrestre das Forças de Defesa de Israel em Gaza, a União Europeia decidiu suspender as medidas de apoio bilateral a Israel. As agências das Nações Unidas, OMS e UNFPA, denunciam: os hospitais estão em colapso, as mulheres são obrigadas a dar à luz nas ruas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é esperado na Casa Branca em 29 de setembro.

A situação em Gaza e a decisão da UE

Com o terror se espalhando na Cidade de Gaza — na manhã desta quinta-feira, já eram 83 palestinos mortos em ataques contínuos do exército israelense, e no dia anterior foram 99 — a população continua a fugir sob as bombas. A União Europeia decidiu suspender o apoio bilateral ao governo israelense. “Este é um sinal importante, que confirma nossa política em favor da paz”, disseram fontes da Comissão Europeia em Bruxelas. O apoio bia- lateral inclui € 14 milhões em fundos já alocados, que não serão desembolsados. “Até novo aviso, não prosseguiremos com a identificação conjunta de novas ações ou a assinatura de contratos”, acrescentaram as mesmas fontes europeias.

Kallas: sanções visando o Hamas e ministros israelenses

Além disso, a Alta Representante da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança, Kaja Kallas, anunciou um pacote de sanções “contra terroristas do Hamas, ministros extremistas do governo israelense, colonos violentos e entidades que apoiam a impunidade na Cisjordânia”. Kallas afirmou: “Quero deixar bem claro: o objetivo não é punir Israel. O objetivo é melhorar a situação humanitária em Gaza”, ressaltando que todos os Estados-membros concordam que a situação em Gaza é insustentável e que a guerra deve acabar.

Hospitais em colapso: uma emergência humanitária

Enquanto isso, os esforços da União Europeia para uma resposta humanitária vêm em um momento crítico, onde as tropas israelenses intensificaram o bombardeio da Faixa de Gaza. Os hospitais, que já eram poucos, estão “à beira do colapso”, segundo o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Fontes do UNFPA reportaram que as condições se tornaram tão desesperadoras que mulheres estão sendo forçadas a dar à luz nas ruas, “sem hospitais, sem médicos e sem água limpa”.

Hamas se posiciona sobre os reféns

O grupo Hamas também se pronunciou sobre a situação, por meio do funcionário Razi Hamed, que desafiou o presidente dos EUA, Donald Trump. Hamed declarou: “Quem quiser libertar os reféns deve ordenar a Netanyahu que conclua um acordo de troca e ponha fim à guerra”. Essa é uma posição radical em meio a um conflito que se intensifica a cada dia.

Repercussão das declarações israelenses sobre Gaza

As declarações do ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que descreveu a Faixa de Gaza como uma “mina de ouro imobiliária”, causaram desconforto e indignação. Em uma cúpula sobre regeneração urbana, Smotrich afirmou que a reconstrução de Gaza poderia se tornar um investimento lucrativo e que começou negociações com os EUA a respeito. Essa visão comercial do conflito levanta questões sobre a ética e a humanidade em tempos de guerra.

Encontro entre Netanyahu e Trump na Casa Branca

Enquanto isso, em um cenário internacional conturbado, Washington anunciou que o presidente Trump se encontrará com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Casa Branca na segunda-feira, 29 de setembro. A expectativa em torno deste encontro é alta, uma vez que pode influenciar as decisões futuras em relação ao conflito e ao apoio que Israel recebe dos Estados Unidos.

À medida que a situação em Gaza se agrava, a suspensão do apoio europeu a Israel e as sanções propostas refletem uma crescente preocupação internacional com a crise humanitária na região. O apelo por paz e apoio humanitário se intensifica, enquanto a população civil sofre com as consequências devastadoras do conflito.

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