Brasil, 18 de setembro de 2025
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Conferência Episcopal de Angola inicia assembleia em Viana

A II Assembleia Plenária da CEAST, marcada por reflexões sociais e evangélicas, acontece em um momento de celebração nacional.

Na cidade de Viana, Angola, iniciou-se nesta quarta-feira, dia 17 de setembro, a II Assembleia Plenária de 2025 da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST). O evento, que ocorre no Santuário da Muxima, reúne bispos de diversas dioceses para discutir assuntos relevantes para a Igreja e para a sociedade angolana, em um contexto particularmente significativo, pois Angola comemora este ano o jubileu de 50 anos de sua independência.

Agenda da assembleia e temas relevantes

Durante a assembleia, estarão em pauta temas como a missa de abertura, a mensagem pastoral para o II ano do triénio pastoral de 2024 a 2027, relatórios das comissões episcopais e a criação de novas dioceses. Segundo o arcebispo de Saurimo e presidente da CEAST, Dom José Manuel Imbamba, esta assembleia representa um tempo de graça, discernimento e comunhão para todos os participantes. “Vamos refletir sobre a nossa caminhada sinodal, partilhar alegrias e desafios das nossas dioceses e traçar, em conjunto, os rumos da nossa ação evangelizadora”, afirmou.

“Neste ano jubilar, a nossa voz, como pastores, deve ecoar como um sinal de esperança para o nosso povo”, disse Dom Imbamba. Ele enfatizou que as atividades propostas durante o ano de 2025 buscam promover experiências de fé, tanto no plano interno quanto no regional e global.

A questão da pobreza em Angola

Um tema recorrente nas discussões de Dom Imbamba foi a questão da pobreza que ainda persiste em Angola. O arcebispo expressou preocupação com a ampliação da pobreza que afeta muitas famílias angolanas. “Infelizmente, nossa pobreza não é apenas material, mas social, política, cívica, cultural e espiritual, minando a confiança nas instituições e no futuro”, destacou o prelado durante seu discurso.

O dia 11 de novembro marcará a celebração dos 50 anos de Independência de Angola. Dom Imbamba aponta este momento como uma oportunidade para a nação refletir e mudar urgentemente suas atitudes e mentalidade. “A nossa missão, como pastores, é ser instrumentos de esperança e alegria para as famílias, propondo e encorajando a instauração de uma nova cultura social e política, baseada na ética, solidariedade efetiva e responsabilidade compartilhada”, afirmou. Ele menciona a necessidade de reformas profundas no Estado, para que este esteja a serviço da cidadania e do bem comum.

Um convite à reflexão e ação conjunta

A assembleia não é apenas uma oportunidade para a Igreja discutir suas prioridades, mas também um momento para refletir sobre o papel que as instituições religiosas devem desempenhar na sociedade angolana. O arcebispo convoca a todos os cidadãos a se unirem neste esforço de transformação social, colocando a fé e a ética como pilares da nova Angola que se deseja construir.

Além das reflexões, a assembleia prevê momentos de oração e partilha, com o intuito de fortalecer os laços entre as diferentes dioceses e promover uma unidade que transcenda as dificuldades enfrentadas. Os participantes estão sendo incentivados a aproveitarem a ocasião não apenas para discutir planos para o futuro da Igreja, mas também para se engajar ativamente na realidade social do país.

A importância dessa assembleia para o futuro de Angola

Com o encerramento da II Assembleia Plenária programada para o dia 22 de setembro, espera-se que novas diretrizes sejam traçadas, que não apenas reafirmem o compromisso da igreja com sua missão evangelizadora, mas que também inspirem mudanças significativas no cenário social e político angolano. O evento se coloca, assim, como um marco importante na história do clérigo, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Ouça a reportagem completa e saiba mais sobre a assembleia acessando o áudio disponível aqui.

Fique atento às atualizações sobre os resultados dessa assembleia, que tem potencial para influenciar positivamente a vida de milhões de angolanos.

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