Em Teresina, a prática conhecida como “bomba baixa”, que envolve fraudes eletrônicas em postos de combustíveis, está sendo investigada com rigor pelas autoridades locais. Nesta semana, dois estabelecimentos na Zona Sul da cidade foram encontrados com indícios de manipulação de bombas de combustível, uma situação que revolta os consumidores e acende um alerta sobre a integridade do setor.
A descoberta das fraudes na Zona Sul de Teresina
O Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (Imepi), responsável pela fiscalização da qualidade dos combustíveis e do funcionamento das bombas, apontou a adulteração de conectores de uma placa eletrônica, que permite a manipulação da quantidade de combustível liberada para os consumidores. Essa fraude faz com que o cliente pague por um valor, mas receba uma quantidade inferior de litros do que aqueles que foram indicados no painel da bomba.
Os testes realizados pelo Imepi evidenciaram inconsistências durante a verificação das bombas, com comportamento atípico que levantou suspeitas sobre a sua integridade. Júnior Macedo, representante do Imepi, ressaltou a complexidade em detectar essas fraudes: “A bomba medidora apresentou indícios de fraude, evidenciados por comportamento atípico durante os testes realizados na verificação. Os componentes suspeitos foram removidos e serão encaminhados ao laboratório para análise pericial, a fim de apurar os responsáveis”, explicou.
Ação fiscal em dois postos de combustíveis
O primeiro posto foi identificado na segunda-feira, 15, no bairro Lourival Parente. Durante a fiscalização, os agentes do Imepi encontraram uma placa com conectores suspeitos em uma das bombas de combustível do local. Poucos dias depois, na quarta-feira, 17, um segundo estabelecimento foi vistoriado no bairro Santo Antônio, onde também foi apreendida uma placa semelhante, além de se constatar a venda de combustível adulterado.
Essa série de eventos ressalta a necessidade da atuação constante e vigilante do Imepi, que ainda alerta que a fraude é notoriamente difícil de identificar para o consumidor comum. Apenas os técnicos de fiscalização têm a expertise para averiguar e confirmar a presença de fraudes eletrônicas nas bombas.
Como os consumidores podem se proteger
Em meio a essa situação alarmante, o Imepi orienta os consumidores a estarem atentos às irregularidades. Caso suspeitem de alguma prática desonesta em postos de combustíveis, os consumidores são incentivados a reportar suas experiências. Denúncias podem ser feitas por meio do aplicativo Fala Consumidor ou pelo WhatsApp da ouvidoria do Imepi, pelo número (86) 99456-1921.
O que significa a “bomba baixa”?
A prática da “bomba baixa” refere-se a situações em que o aumento de fraudadores no setor de combustíveis manipula as bombas para que entreguem menos combustível do que o que foi adquirido pelo consumidor. Essa prática não apenas lesiona a confiança do consumidor, mas também afeta a economia local e a competitividade justa entre os postos de combustíveis.
Além disso, a comercialização de combustível adulterado agrava ainda mais o cenário, pois compromete não apenas a economia, mas também a segurança e qualidade dos produtos disponibilizados aos consumidores. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) e outros órgãos responsáveis pela fiscalização atuam para penalizar os responsáveis e coibir essas práticas ilegais.
O papel da fiscalização e a importância da denúncias
A situação evidenciada em Teresina mostra a importância da fiscalização contínua do setor de combustíveis. As ações do Imepi são fundamentais para garantir que os direitos do consumidor sejam respeitados e que a qualidade dos combustíveis fornecidos nos postos esteja de acordo com as normas estabelecidas.
À medida que os consumidores se tornam mais conscientes e informados, a possibilidade de fraudulentos se sentirem seguros em afetar os clientes diminui. Assim, a educação e a vigilância por parte da população são aliadas fundamentais na luta contra a prática da “bomba baixa” e outras formas de fraude.
Em um mundo onde a integridade no comércio é cada vez mais necessária, entender os mecanismos de defesa e como proceder em casos de fraudes pode ser o primeiro passo para um consumo mais consciente e seguro. Não se esqueça, sua voz é poderosa, e ao denunciar, você ajuda a construir um mercado mais justo.