Brasil, 18 de setembro de 2025
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Pesquisa aponta que 76% acreditam que Bolsonaro deve renunciar à candidatura em 2026

A nova pesquisa da Genial/Quaest revela mudanças na percepção do eleitorado sobre Jair Bolsonaro e as eleições de 2026.

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (18/9), revela que a maioria dos brasileiros – 76% – acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível, deveria abrir mão de sua candidatura à Presidência da República e apoiar outro nome para as eleições de 2026. Este entendimento reflete uma mudança significativa na percepção popular sobre o papel de Bolsonaro no cenário político atual.

A oscilação da opinião pública desde maio

O apoio à ideia de que Bolsonaro deve renunciar já era majoritário desde maio, com 65% dos entrevistados concordando. No entanto, houve variações ao longo dos meses: o número caiu para 62% em junho, mas voltou a subir para 65% em agosto. Após a recente condenação do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado, o índice saltou para 76%. Esse aumento reflete uma crescente insatisfação da população com o ex-presidente.

Quantidade de que não apóia Bolsonaro

Por outro lado, 19% dos entrevistados ainda acreditam que Bolsonaro deve manter sua candidatura, enquanto 5% não souberam ou não quiseram opinar. Essa divisão apresenta um panorama interessante, onde uma parcela significativa da população já não vê mais Bolsonaro como a figura central na política nacional.

Status político de Bolsonaro e suas consequências

Atualmente, Bolsonaro se encontra inelegível, com essa condição prevista até pelo menos 2030. Essa inelegibilidade pode ser ainda mais prolongada devido aos impactos de sua condenação, que resultou em 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe e outros crimes relacionados. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que se deu por quatro votos a um, também abrange outros sete réus, pulverizando ainda mais a imagem política de Bolsonaro.

Quem poderia suceder Bolsonaro?

A pesquisa da Quaest também levantou outras questões, como a possibilidade de sucessão. Quando perguntados se Bolsonaro deveria ser o candidato nas próximas eleições, apenas 19% disseram que sim. Aqueles que acreditam em um sucessor do ex-presidente apontaram alguns nomes principais:

  • Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo (15%);
  • Ratinho Júnior, governador do Paraná (9%);
  • Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama (5%);
  • Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul (3%).

Os filhos de Bolsonaro, Eduardo e Flávio, tiveram apenas 1% das menções de possíveis sucessores, sinalizando que a imagem da família Bolsonaro pode estar desgastada perante o eleitorado.

Percepção do capital político de Bolsonaro

Outra questão levantada pela pesquisa foi sobre o medo da população em relação às figuras políticas: 49% dos entrevistados afirmaram ter mais medo de uma volta de Bolsonaro do que de uma permanência de Lula no poder, que obteve 41%. Essa mudança na percepção do eleitorado é significativa, especialmente considerando o contexto de condenação do ex-presidente.

Resultados da pesquisa

Realizada entre 12 e 14 de setembro, a pesquisa entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, utilizando um método de coleta domiciliar “face a face”. A pesquisa foi realizada com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 2 pontos percentuais, fornecendo uma visão abrangente da opinião pública sobre essas questões jurídicas e políticas.

Em um cenário cada vez mais complexo para Bolsonaro, fica evidente que o eleitorado busca novas alternativas e pode estar pronto para mover-se em uma nova direção nas eleições de 2026. O futuro político do ex-presidente, marcado por polêmicas e condenações, se torna cada vez mais incerto.

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