Brasil, 18 de setembro de 2025
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Lebanon enfrenta desafio de desarmar Hezbollah

A imposição de desarmar a Hezbollah marca momento decisivo para a soberania e estabilidade do Líbano diante de tensões internas e externas

O governo do Líbano aprovou neste mês o plano apoiado pelos Estados Unidos para desarmar a Hezbollah, grupo xiita que atua como militância e partido político. A medida, considerada histórica, inicia sua implementação ainda neste ano, apesar de forte resistência do grupo e de seus aliados políticos.

Contexto político e militar

Com o apoio do presidente Joseph Aoun e do primeiro-ministro Nawaf Salam, o exército libanês enfrenta o desafio de conseguir desarmar a Hezbollah sem desencadear conflitos internos. Hezbollah, liderada por Naim Qassem, ameaçou usar violência caso a repressão avance, enquanto ministros fiéis ao grupo se retiraram de reuniões do gabinete após a aprovação do plano.

“Este é um momento crucial para que o Líbano retome sua independência em relação às influências externas e fortaleça suas instituições”, afirmou Aoun. Contudo, o sucesso da operação ainda depende de variados fatores políticos e militares.

Estratégia do Exército Libanês

Planos e cenários de desarmamento

Em entrevista exclusiva, o general Rodolphe Haykal, comandante das Forças Armadas do Líbano, explicou a estratégia do exército. Ela contempla três cenários principais, cada um com um cronograma e ações específicas.

No primeiro cenário, há resistência armada por parte da Hezbollah e ausência de avanços na negociação com Israel, que ocupa cinco pontos estratégicos no sul do país e reivindica uma zona tampão para “deterrência”.

O segundo cenário prevê a manutenção do status quo, com o exército desmantelando a infraestrutura militar de Hezbollah ao sul do rio Litani, enquanto o grupo tolera a presença das forças oficiais e Israel mantém suas posições.

Desafios e riscos

Especialistas divergem quanto à eficácia da estratégia adotada. Alguns criticam a falta de um cronograma claro, enquanto outros alertam para o risco de confrontos violentos no processo.

“O maior desafio é garantir que o exército consiga cumprir sua missão sem desencadear uma guerra civil ou perder o controle da situação”, avalia Haykal. Para isso, o comandante reforça a necessidade de apoio político e de uma operação bem coordenada.

Perspectivas futuras

O sucesso da política de desarmamento do Hezbollah poderá redefinir o papel do Líbano na região, fortalecendo sua soberania e facilitando uma possível reconciliação interna. Mas o caminho ainda é incerto, e os próximos meses serão decisivos para o desfecho desta questão delicada.

A comunidade internacional acompanha de perto, enquanto o país tenta equilibrar interesses internos e pressões externas para uma solução pacífica e duradoura.

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