Recentemente, a atriz Juliana Paes revelou em uma entrevista significativa sua longa batalha contra a depressão e a ansiedade, questões que a afetaram, especialmente durante a pandemia. Aos 46 anos, Juliana, que já foi reconhecida por seu talento e carisma, abriu seu coração ao falar sobre como a pressão do trabalho e os desafios pessoais a levaram a um estado crítico de saúde mental.
A luta pessoal de Juliana
Em suas declarações, Juliana Paes enfatizou que sua luta com a saúde mental começou muito antes da pandemia. Em um momento de reflexão, a atriz revelou: “Meu processo de adoecimento mental veio de muito antes, e a pandemia potencializou esse quadro. Eu estava vivendo um quadro de depressão, cansada, com uma carga mental pesada, dando conta de muita coisa ao mesmo tempo”.
O aumento da carga emocional coincidiu com um período em que ela estava emendar várias novelas, o que levou ao diagnóstico de uma síndrome de estresse pós-trauma. “Fui diagnosticada com uma síndrome de estresse pós-trauma logo depois de ‘A Dona do Pedaço’ e eu meio que não levei muito a sério”, contou Juliana, mencionando que acreditou ser capaz de se curar sozinha, enquanto sua vida continuava repleta de obrigações.
A responsabilidade e os desafios
A atriz também compartilhou como as responsabilidades familiares a afetaram emocionalmente. Ela expressou: “Eu sou o grande esteio da minha família toda. Sou responsável, financeiramente até, por muita gente. Chega uma hora em que a mochila fica muito pesada.” Juliana mencionou ainda a experiência de viver lutos e perdas que não tiveram tempo de ser assimilados, tornando o fardo emocional ainda mais profundo.
Após o fim do lockdown, Juliana enfrentou uma profunda crise de ansiedade. Ela recordou o momento em que buscou ajuda médica, relatando que procurou um psiquiatra e iniciou tratamento medicamentoso, um passo que considerou crucial para a sua recuperação.
A importância da terapia
“Logo depois disso, veio todo o caos do lockdown, da pandemia, aquele cenário caótico e polarizado, pessoas adoecendo, muita preocupação… Tudo isso se acumulou dentro da minha cabeça de uma forma que colapsei”, explicou ela ao contar sobre a crise de ansiedade severa que enfrentou.
Juliana Paes ressaltou que a terapia tornou-se uma ferramenta essencial em sua vida. Ela falou sobre a vergonha que sentia em compartilhar suas dificuldades e como, depois de falar abertamente sobre suas experiências, percebeu que seu relato poderia ajudar outras pessoas. “O primeiro sinal de cura para mim foi quando comecei a falar que já sofri crises de ansiedade”, disse a atriz, reforçando a importância do dialogo sobre saúde mental.
O exemplo de Juliana Paes é um lembrete poderoso da relevância de abordar questões como a depressão e a ansiedade. É essencial que mais pessoas se sintam encorajadas a buscar ajuda quando necessário, e a história dela ressoa profundamente em tempos em que o estigma em torno dos problemas de saúde mental ainda persiste.
Por fim, Juliana deixou uma mensagem clara sobre a necessidade de apoio: “Foi libertador falar sobre isso. Acredito que quanto mais falamos sobre saúde mental, mais eliminamos o estigma ao nosso redor”. A participação dela em discussões sobre esses temas pode inspirar muitos a não terem medo de buscar a ajuda que precisam.
Para aqueles que se identificam com a luta de Juliana, é importante lembrar que existem recursos e profissionais disponíveis para assistência. O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ser contatado ligando 188, oferecendo apoio emocional para quem precisa.
Juliana Paes, com sua coragem e transparência, não apenas compartilhou uma parte de sua vida, mas também se tornou uma defensora da saúde mental, contribuindo para quebrar o silêncio sobre questões que afetam milhões de brasileiros. Sua mensagem é clara: não estamos sozinhos na luta e buscar ajuda é um sinal de força.
