Uma pesquisa elaborada pela TroianoBranding, divulgada nesta quinta-feira (26), revela os principais entraves enfrentados por pequenos comerciantes de alimentos que operam em lojas de bairro. A consulta ouviu 120 donos de mercearias e mercadinhos de até quatro caixas, destacando desafios como o acesso limitado às indústrias e a baixa automação dos processos.
Desafios enfrentados pelos pequenos comerciantes
Segundo o estudo, apenas 16% dessas lojas conseguem negociar diretamente com as indústrias, o que limita suas condições de compra e competitividade. Além disso, 61% dos estabelecimentos ainda dependem de lançamentos manuais ou planilhas de Excel para gerenciar as operações, dificultando a eficiência e o crescimento.
Impactos da tecnologia e tamanho da equipe
Outros obstáculos apontados incluem equipes de até quatro pessoas, majoritariamente familiares, e dificuldades na gestão financeira, com 77% relatando problemas nesse aspecto. A concorrência com grandes redes de varejo, que chegaram aos bairros com modelos menores e respaldo tecnológico, intensifica a pressão sobre esses pequenos negócios.
Desvantagens frente às grandes redes
“As dificuldades vão desde a falta de acesso a negociações mais agressivas por operarem com volumes menores a uma operação com tecnologia reduzida ou quase inexistente, e esse impacto é direto na capacidade que os pequenos varejos têm para enfrentar a concorrência”, afirma Cecília Troiano, CEO da TroianoBranding. “Os grandes grupos chegaram aos bairros com modelos de lojas menores, que têm esse respaldo comercial e tecnológico que o pequeno varejo independente não possui”.
Principais obstáculos adicionais
Além das negociações, o levantamento mostra que 60% dos pequenos comerciantes têm dificuldades para lidar com a concorrência, e 57% enfrentam problemas na negociação com parceiros e fornecedores. Controle de processos e segurança também representam desafios, apontados por 35% e 27%, respectivamente.
Perspectivas futuras
O estudo evidencia a necessidade de capacitação, acesso à tecnologia e melhorias na gestão para fortalecer o setor. Políticas públicas e iniciativas do setor privado podem ser essenciais para impulsionar a competitividade do pequeno comércio de bairro, garantindo sua sustentabilidade diante da expansão das grandes redes.
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