Brasil, 18 de setembro de 2025
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Empresário acusado de dirigir bêbado e causar acidente fatal vai a júri

Seis anos após a tragédia, família busca justiça pela morte de Katiuscia Bianca, em Brodowski, SP.

Na noite do dia 13 de janeiro de 2019, uma tragédia mudou a vida do mecânico Igor Moraes Alves, de 29 anos, e de sua família. Durante um acidente que resultou na morte de sua noiva, Katiuscia Bianca, de 31 anos, a história de amor e a vida de um casal foram devastadas. O incidente ocorreu na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), em Brodowski, onde Igor e a família foram atingidos na traseira por um veículo conduzido pelo empresário Fabrício de Luna Vieira, de 41 anos. Hoje, seis anos depois, Fabrício se prepara para ser julgado por homicídio doloso, lesão corporal e embriaguez ao volante.

A dor da perda e a luta por justiça

A filha do casal, que tinha apenas um ano na época, também estava no carro, mas escapou com ferimentos leves, graças ao ato heroico de Katiuscia, que se atirou na cadeirinha da criança durante o acidente. Igor relembra cada detalhe daquela noite fatídica: “Ela está viva mesmo graças à Katiuscia que, abraçou a cadeirinha. Agradeço demais a vida da minha filha”, afirmou ele, com emoção.

O acidente ocorreu por volta das 22h40, quando Fabrício colidiu na parte traseira do veículo da família, enquanto ambos seguiam em direção a Ribeirão Preto. Fabrício foi preso na ocasião devido à suspeita de embriaguez, mas acabou liberado, respondendo ao processo em liberdade. “São seis anos lutando por justiça e ele tentando provar que não está errado, nunca admitiu a culpa”, desabafou Igor.

Os desdobramentos do caso

Uma gravação feita pela Polícia Militar na noite do acidente revelou que Fabrício admitiu ter consumido bebida alcoólica, mas recusou-se a realizar o teste do bafômetro. Agora, no tribunal, ele enfrentará as acusações de homicídio, lesão corporal e embriaguez ao volante. A pena máxima, caso seja condenado, pode chegar a 20 anos de prisão.

A expectativa é enorme, e a sensação de injustiça permanece palpável para Igor. “Espero que a justiça seja feita”, disse ele, refletindo sobre a luta que tem enfrentado desde aquele dia desgastante. Igor e sua filha retornavam de uma visita a parentes em Franca quando tudo aconteceu, e ele se recorda que, após o impacto, Fabrício ainda tentou culpar o mecânico pelo ocorrido. “Ele desceu do carro e veio em minha direção, dizendo que eu era o culpado. O tempo todo tentou jogar a culpa em mim”, relatou.

O impacto na vida de Igor

Igor está imerso em lembranças de um amor incondicional que foi abruptamente interrompido. “Quando vi a Katiuscia no carro, não sabia que ela havia falecido. Isso doeu muito. Uma das dores mais profundas da minha vida foi esse dia”, compartilhou ele, revelando a profundidade de seu sofrimento e a saudade que toma conta de sua vida.

Katiuscia estava no banco de trás com a filha quando, ao acordar, começou a chorar. Ela se mudou para o banco de trás para acalmá-la, o que acabou salvando a vida da criança. O impacto do carro a atingiu diretamente, resultando em sua morte instantânea. “A primeira coisa que fez foi se jogar na cadeirinha para proteger a nossa filha”, lembrou Igor, que se sente grato pela coragem da esposa.

O papel da comunidade e a busca por testemunhas

A comunidade local também participou desse episódio trágico. Uma mulher que testemunhou o acidente e que reside próximo ao local ajudou a socorrer Igor e sua filha antes que a polícia chegasse. Ela será uma testemunha chave no júri, e sua colaboração é vista como crucial na luta de Igor por justiça.

O grau de expectativa aumenta à medida que o júri se aproxima. O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou que a audiência ocorrerá nesta quinta-feira, a partir das 12h, no Fórum de Brodowski. Para Igor e seus apoiadores, essa é mais que uma batalha legal; é uma chance de honrar a memória de Katiuscia e buscar um desfecho justo para uma história que não deveria ter terminado da forma que terminou.

O caso de Fabrício de Luna Vieira continuará a ser acompanhado pela população, que clama por um retorno à justiça em casos de embriaguez ao volante e seus devastadores efeitos. O juramento de Igor, de nunca esquecer sua amada, e a luta por um futuro mais seguro na estrada seguem firmes e fortes entre aqueles que se lembram da tragédia que marcou suas vidas.

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