O Consórcio Catedral, que há onze meses administra a Rodoviária do Plano Piloto, está em processo de avaliação sobre a possibilidade de cobrar aluguel do governo do Distrito Federal pelo uso de espaços no terminal. Atualmente, o local abriga postos de serviços públicos, incluindo uma agência do Na Hora e uma unidade de saúde, que, até o momento, operam sem custos.
Serviços públicos na rodoviária
A Rodoviária do Plano Piloto é um ponto estratégico para o atendimento ao público, oferecendo serviços essenciais à população. A agência do Na Hora, vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania, e a unidade de saúde no mezanino, vinculada à Secretaria de Saúde, são duas das principais estruturas que funcionam no terminal.
A Secretaria de Justiça informou ao g1 que a concessionária manifestou interesse em implantar a cobrança de aluguel. As negociações estão em andamento, mas ainda não há uma decisão final sobre o tema. Enquanto isso, a Secretaria de Saúde comentou que a manutenção do posto de saúde no local é incerta e a continuidade do atendimento está sendo avaliada, com a cobrança de aluguel como um dos fatores a serem considerados.
Consórcio Catedral se posiciona
Em resposta à situação, o Consórcio Catedral afirmou, por meio de nota, que mantém diálogo com o governo do Distrito Federal para definir a melhor solução quanto à utilização dos espaços públicos na Rodoviária do Plano Piloto. A falta de uma decisão concreta até o momento gera incertezas tanto para os usuários dos serviços quanto para os próprios órgãos governamentais envolvidos.
Histórico da privatização da rodoviária
É importante lembrar que o governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou, em outubro de 2024, um contrato que transferiu a gestão da Rodoviária do Plano Piloto para a iniciativa privada. Com isso, o Consórcio Catedral passou a administrar o terminal por um período de 20 anos. A concessão estabelece que a empresa deve realizar, nos primeiros seis anos, uma série de investimentos que totalizam R$ 120 milhões. Esses investimentos incluem obras de modernização do terminal, recuperação estrutural, implantação de um centro de controle operacional e melhorias nos serviços de limpeza, segurança e manutenção.
Expectativas futuras
Com a iminente possibilidade de cobrança de aluguel, é essencial que as partes envolvidas cheguem a um acordo que não comprometa o atendimento à população. A Rodoviária do Plano Piloto é um ponto chave para os cidadãos que dependem dos serviços prestados, e uma solução que viabilize a continuidade desses atendimentos deve ser priorizada. A situação permanece atenta, enquanto o Consórcio Catedral e o governo do DF buscam um entendimento mútuo.
À medida que as negociações avançam, será necessário observar como a potencial cobrança de aluguel pode impactar os serviços prestados à comunidade e a situação financeira da gestão da rodoviária. O público aguarda ansiosamente por definições que possam trazer clareza e eficiência à operação do terminal.
Por enquanto, as discussões continuam e a expectativa é que uma solução benéfica para todos os envolvidos seja alcançada em breve. Até lá, a população pode acompanhar as atualizações sobre este importante assunto que afeta diretamente a rotina de milhares de brasilienses.