Brasil, 18 de setembro de 2025
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Presidente do Senado afasta historiador Peninha após polêmica

Decisão foi tomada após declarações de Bueno sobre a morte de Charlie Kirk, ativista pró-Trump, que geraram indignação.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta quarta-feira (17) o afastamento do historiador e escritor Eduardo Bueno, conhecido como “Peninha”, do Conselho Editorial da Casa. A decisão foi motivada por declarações polêmicas feitas por Bueno em um vídeo, onde ele celebrava a morte do ativista pró-Donald Trump, Charlie Kirk. Essa situação provocou reações de repúdio entre congressistas e cidadãos, levando a um clamor por uma atitude imediata da presidência do Senado.

A repercussão das declarações de Peninha

No vídeo em questão, Eduardo Bueno comentou que “é sempre triste um ativista morrer pelas suas ideias, exceto Charlie Kirk”, uma declaração que rapidamente se espalhou pelas redes sociais e gerou uma onda de críticas. Alcolumbre afirmou que, ao ver o vídeo, não hesitou em exigir a demissão de Bueno ao presidente do Conselho Editorial, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

“Um absurdo aquele vídeo. Liguei para o presidente do Conselho Editorial e pedi a demissão imediata. Não haveria espaço para esse tipo de postura”, destacou Alcolumbre, reafirmando sua posição contrária a qualquer manifestação considerada desrespeitosa.

A decisão de afastar Peninha mostra a postura firme do Senado frente a comportamentos que possam ser interpretados como incitação ao ódio ou à desinformação. O caso ganhou ainda mais notoriedade quando a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) decidiu cancelar um evento que contaria com a participação do historiador, refletindo a gravidade das suas declarações e a pressão da sociedade.

Consequências e pedidos de desculpa

Após o tumulto gerado, Eduardo Bueno não hesitou em fazer um pedido de desculpas público, afirmando que lamenta profundamente suas palavras. Ele reconheceu que deveria ter sido mais cuidadoso nas suas expressões e disse: “Eu quero pedir desculpa ao Brasil, porque, no dia e na hora em que esse vídeo chegou ao meu conhecimento, era para eu ter agido imediatamente”.

A revelação de que o escritor fora demitido rapidamente repercutiu na imprensa brasileira, levantando um debate sobre a liberdade de expressão e os limites da crítica na esfera pública. Nas redes sociais, muitos usuários apoiaram a decisão de Alcolumbre, enquanto outros questionavam se a demissão não configurava uma censura velada.

Implicações para o discurso público

Esse caso não apenas afeta a carreira de Eduardo Bueno, mas também lança luz sobre a responsabilidade que figuras públicas têm ao expressar suas opiniões. O discurso de ódio e desrespeito pode provocar reações severas, especialmente em tempos onde as divisões políticas são mais acentuadas.

“Precisamos de um debate civilizado e respeitoso. Ninguém deve celebrar a morte de outra pessoa, independentemente de suas opiniões políticas”, concluiu Alcolumbre. O episódio evidencia que o Senado permanece atento a comportamentos que possam comprometer a integridade e a dignidade do debate político no Brasil.

O afastamento de Peninha pode ser visto como um sinal de que instituições estão dispostas a preservar valores democráticos e a proteger a convivência pacífica entre diferentes correntes ideológicas.

Embora casos como este possam gerar polêmica, eles também abrem espaço para um diálogo mais profundo sobre as responsabilidades que vem junto com a liberdade de expressão. A sociedade brasileira está cada vez mais atenta a esse equilíbrio delicado entre liberdade e responsabilidade ao discutir temas que impactam o cotidiano e a política.

O impacto da demissão de Eduardo Bueno ainda deve ser avaliado, mas certamente ele servirá como um lembrete de que, na arena pública, palavras têm poder e consequências.

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