Brasil, 18 de setembro de 2025
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Brasil sobe para 2ª posição em ranking de juros reais globais

Com a elevação da Selic para 15% ao ano, o país chega ao segundo lugar no ranking de juros reais, atrás apenas da Turquia

O Brasil avançou da terceira para a segunda colocação em junho no ranking mundial de juros reais, de acordo com levantamento do site MoneYou e Lev Intelligence. A elevação da Selic de 14,5% para 15% ao ano consolidou essa posição, com o país atualmente superado somente pela Turquia, que registra taxa de juros reais de 12,34% ao ano.

Ranking de países com maior taxa de juros reais

O estudo analisa a taxa de juros descontada a inflação em 40 países, colocando o Brasil à frente de outros na América Latina, como Colômbia (4,38%), México (3,77%) e Argentina (3,54%). Entre os integrantes do grupo dos Brics, o Brasil também lidera, sendo superado apenas pela Rússia, com 4,79%, e pela Índia, com 3,54%.

Desempenho na América Latina e no Brics

Na região, o Brasil mantém sua posição de destaque, enquanto na reflectida blocos de economias emergentes, o país concedeu uma vantagem significativa. A Argentina, que enfrenta dificuldades financeiras, apresenta uma taxa de 3,54%, ocupando a sétima posição, enquanto a Rússia está em terceiro lugar, com 4,79%.

Incerteza sobre controle da inflação impulsiona altas

Segundo o levantamento, a manutenção da Selic em 15% é influenciada pelo cenário de expectativas inflacionárias altas, acima da meta de 3% (IPCA). Além disso, as tensões provocadas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, e as tarifas impostas pelos americanos sobre produtos importados, aumentam a incerteza econômica internacional.

Apesar da desaceleração econômica, as projeções de inflação ainda estão elevadas. O Banco Central, por exemplo, aponta que o Índice de Atividade Econômica do Brasil (IBC-Br) recuou 0,5% em julho, indicando um terceiro mês de retração e sinalizando possíveis impactos no Produto Interno Bruto.

Dados recentes de inflação

O IPCA, índice oficial de inflação, apontou uma deflação de 0,11% em agosto, mas os preços de serviços continuam pressionados, refletindo a complexidade do cenário inflacionário brasileiro. O cálculo da taxa de juros real leva em consideração a inflação projetada para os próximos 12 meses, com base no relatório Focus do Banco Central, e a taxa de juros DI a mercado para o mesmo período.

Perspectivas e impactos econômicos

A dominância do Brasil na região e seu destaque no ranking de juros reais reforçam o cenário de atratividade para investidores estrangeiros, especialmente com a recente alta na Bolsa. Segundo análises, os investidores estrangeiros reforçam suas apostas no país, impulsionados pela perspectiva de retorno mais elevado.

Para compreender melhor esses movimentos de mercado e as estratégias de política monetária, consulte o site do Globo.

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