Brasil, 17 de setembro de 2025
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Brasil mantém taxa Selic em 15%, segundo maior juro real do mundo

Com juros inalterados há quase dois meses, Brasil continua liderando ranking global de juros reais, com 9,51% em setembro

O Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (17) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, marcando a segunda estabilidade consecutiva após período de altas. Com essa decisão, o país continua com o segundo maior juro real do mundo, segundo levantamento do MoneYou, atingindo 9,51%. A sustentabilidade dessa alta reflete as incertezas inflacionárias e os desafios de política econômica enfrentados pelo país.

Juros reais no Brasil e ranking internacional

O juro real é calculado subtraindo-se a inflação prevista dos juros nominais. Ainda de acordo com o levantamento do MoneYou, a Turquia mantém a liderança global, com uma taxa de 12,34%. A Rússia aparece em terceiro lugar, com juros reais de 4,79%. O Brasil, por sua vez, ocupa a segunda posição, numa condição que reforça o alto custo do crédito interno e os desafios para conter a inflação.

Impacto da estabilidade na política monetária

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, nesta quarta-feira, manter a taxa Selic, que desde julho não sofre alterações. Essa é a primeira decisão de pausa após o ciclo de elevação iniciado em 2021. A taxa em 15% ao ano permanece no maior patamar desde julho de 2006, quando o país registrava 15,25%, na gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Juros nominais e comparativo internacional

Se considerados os juros nominais, ou seja, a taxa completa sem descontar a inflação, o Brasil ocupa atualmente a quarta posição do ranking global. A Turquia lidera com 40,50%, seguida pela Argentina (29%) e pela Rússia (17%). A taxa de 15% do Brasil é superada por esses países, refletindo o apetite por risco e a situação inflacionária local.

Veja a lista de alguns países com os maiores juros nominais:

  • Turquia: 40,50%
  • Argentina: 29,00%
  • Rússia: 17,00%
  • Brasil: 15,00%
  • Colômbia: 9,25%
  • México: 7,75%
  • África do Sul: 7,00%
  • Hungria: 6,50%
  • Índia: 5,50%

Principais fatores influenciando a decisão do BC

Segundo analistas, o Banco Central mantém a Selic por um período de cautela, diante das persistentes dúvidas sobre a trajetória inflacionária e o cenário internacional, especialmente às tensões relacionadas à guerra tarifária promovida pelo governo dos Estados Unidos. Ainda segundo o relatório do MoneYou, essas incertezas sustentam uma política monetária mais restritiva no país.

Perspectivas para os próximos meses

Com a estabilidade atual, o mercado aposta que a taxa poderá permanecer nesse nível até o fim de 2025, com possíveis ajustes em resposta a novos dados de inflação ou movimentos internacionais. A próxima reunião do Copom será determinante para definir se há espaço para novas elevações ou se a taxa será mantida por mais tempo.

Para entender melhor a dinâmica dos juros e as implicações na economia brasileira, acesse o relatório completo do G1.

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