Brasil, 17 de setembro de 2025
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Especialistas criticam manutenção da taxa de juros de 15% pelo Banco Central

Analistas apontam que a alta dos juros prejudica o crescimento econômico, apesar da inflação estar sob controle

A decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano tem gerado críticas de diversos setores econômicos. Especialistas afirmam que a manutenção desse patamar elevado constrói obstáculos ao crescimento da economia brasileira, afetando consumo, investimentos e a competitividade das empresas.

Impacto da alta dos juros na economia brasileira

Para a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), os juros reais atuais, em torno de 10% ao ano, representam um peso excessivo para a sociedade e os agentes econômicos. “Isso desestimula investimentos, consumo e geração de empregos, comprometendo o crescimento futuro”, destaca a entidade.

Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (APAS), acredita que há espaço para uma política monetária mais flexível. “O ciclo de redução da Selic já poderia ter iniciado, uma vez que a inflação está convergindo para a meta e a taxa de câmbio tem contribuído para a desaceleração inflacionária”, afirma. Segundo ele, o ritmo de atividade econômica tem sido duramente penalizado pelos juros elevados.

Entre a cautela e a necessidade de mudança

Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), reforça que a manutenção do patamar contracionista da Selic reforça obstáculos ao crescimento econômico. “A solução para uma redução estrutural dos juros está no equilíbrio das contas públicas e na coordenação entre política fiscal e monetária”, avalia. Para ele, uma política fiscal alinhada à monetária facilitará a trajetória de queda dos juros nos próximos meses.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera injustificada a decisão do Banco Central de manter a Selic em 15% ao ano. Em nota, a entidade afirma que a postura conservadora demonstra um risco à sustentabilidade do crescimento. “Não há inovação, reindustrialização ou crédito acessível com juros estratosféricos. Isso gera uma paralisia nos investimentos produtivos e sequelas para toda a sociedade”, pontua a CNI. Segundo o texto, a atual política de juros limita o investimento produtivo e favorece aplicações financeiras que rendem 10% ao ano, sem esforço.

Perspectivas para o cenário econômico

Especialistas concluem que o momento exige uma mudança na política monetária do país. Uma trajetória de redução gradual dos juros, alinhada ao controle inflacionário e ao equilíbrio fiscal, pode impulsionar o crescimento econômico e melhorar as condições de vida da população brasileira.

Para mais informações, acesse a matéria completa no site do Globo.

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