A inadimplência de empresas no Brasil aumentou 11,72% em julho em comparação com o mesmo período do ano passado, evidenciando uma deterioração na saúde financeira do setor. Segundo levantamento recente, cada empresa inadimplente devia, em média, R$ 6.827,46, acumulando dívidas com diversos credores, em média 1,75 diferentes.
Custo do crédito alto afeta a saúde financeira das empresas
De acordo com Roque Pellizzaro Júnior, presidente do SPC Brasil, o cenário é consequência direta do elevado custo do dinheiro no país. “Com as taxas de juros em patamares elevados, tomar crédito para financiar o negócio ou o capital de giro custa muito mais caro, e isso impacta diretamente a saúde financeira das empresas”, explica Pellizzaro.
Recuperação lenta e tendência de alta persistente
Embora tenha ocorrido uma leve redução de 0,04% na inadimplência de junho para julho, o resultado não foi suficiente para reverter a tendência de alta contínua. O aumento expressivo do número de dívidas atrasadas reforça a dificuldade enfrentada pelo setor empresarial com a atual política de juros.
Impactos do crédito caro na economia
A situação desfavorável traz consequências para toda a economia brasileira, já que a alta nas inadimplências dificulta o acesso a novos créditos e restringe investimentos e crescimento das empresas. Especialistas apontam que o custo elevado do dinheiro deve permanecer como um dos principais fatores de aperto financeiro no curto prazo.
Perspectivas futuras
Analistas do setor financeiro avaliam que, enquanto as taxas de juros permanecerem em níveis elevados, a inadimplência corporativa pode continuar em alta, dificultando a recuperação econômica do país. O governo e o Banco Central ainda tentam equilibrar a política monetária, buscando controlar a inflação sem prejudicar a liquidez do mercado.
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