Brasil, 17 de setembro de 2025
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Maioria dos americanos apoia direito ao suicídio assistido, revela pesquisa

Estudo mostra que 51% dos americanos consideram moralmente aceitável o pedido de ajuda para morte por doença terminal

Uma nova pesquisa da Lifeway Research revela que 51% dos americanos acreditam que indivíduos com doenças terminais devem ter o direito de solicitar assistência médica para suicídio assistido.

Consenso parcial, apoio tímido

Segundo o estudo, intitulado “Visões americanas sobre suicídio assistido”, apenas 20% dos entrevistados “concordam fortemente” com essa posição, enquanto 30% “concordam parcialmente”. Já os 34% se posicionaram contra, e o restante ficou indeciso.

Variações regionais e tendências

O apoio ao suicídio assistido é mais forte em áreas urbanas e costeiras, onde chega a 60%, enquanto regiões rurais e estados do Sul, com forte influência religiosa, apresentam maior oposição, indicou a pesquisa. A análise foi feita por meio de painéis online, com uma amostragem de 1.200 adultos, com margem de erro de 3,1 pontos percentuais.

Mudança de cenário ao longo do tempo

Scott McConnell, diretor executivo da Lifeway Research, observa que o apoio diminuiu em comparação com dados de 2016, quando 67% consideravam o suicídio assistido moralmente aceitável. No entanto, a organização destaca que o aumento do conhecimento sobre os riscos dessa prática tende a gerar maior oposição, inclusive em diferentes espectros políticos.

Posição de grupos contrários

Jessica Rodgers, diretora de coalizões do Patients’ Rights Action Fund, afirmou à CNA que os números refletem uma redução do respaldo público. “Não vejo um impulso forte a favor”, comentou. A organização, que busca abolir leis de suicídio assistido, considera a prática “discriminatória, difícil de regular e perigosa para os mais vulneráveis”.

Rodgers também destacou que a oposição cresce à medida que a população conhece melhor os perigos das políticas de legalização, sustentando que essas leis representam uma ameaça para pessoas com deficiência e pacientes hospitalizados.

O erro de fingir uma “falsa escolha”

Ela explica que, muitas vezes, os defensores do suicídio assistido apresentam a questão como “você quer morrer na dor ou em paz?”, mas na realidade, a prática muitas vezes atingiria os mais vulneráveis, incluindo pessoas com deficiência. “Conforme a sociedade se informa, ela tende a se opor”, afirmou.

Desde a legalização na Oregon, em 1997,11 estados e o Distrito de Columbia permitem essa prática, que, na maioria dos casos, requer diagnóstico de doença terminal com expectativa de vida de até seis meses, além de avaliação de saúde mental e múltiplas aprovações médicas. As legislações diferenciam-se da eutanásia, que envolve a morte direta por parte do profissional de saúde.

Posição da Igreja Católica e valores éticos

A Igreja Católica condena tanto o suicídio assistido quanto a eutanásia, defendendo o cuidado paliativo, ou seja, suporte em dor e conforto até o fim da vida. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “a eutanásia, na sua forma ou motivos, é assassinato” (2297), e qualquer ação que cause a morte com a intenção de eliminar o sofrimento é considerada homicídio grave.

O ensinamento prevê que o paciente e o médico não precisam fazer tudo para evitar a morte, mas, caso a vida esteja chegando ao seu fim natural, abandonar tratamentos desproporcionais não fere a dignidade, conforme explicado por João Paulo II em Evangelium Vitae.

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