Brasil, 17 de setembro de 2025
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Pesquisa revela opiniões divergentes sobre pena de Jair Bolsonaro

49% dos brasileiros consideram pena de 27 anos a Bolsonaro exagerada, segundo pesquisa Genial/Quaest.

Uma pesquisa realizada pela Genial Investimentos, divulgada nesta quarta-feira (17/9), mostra que a sociedade brasileira está dividida em relação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que recebeu uma pena de 27 anos de prisão por sua participação em uma suposta trama golpista. Enquanto 49% dos entrevistados consideram a pena exagerada, 35% a julgam adequada e 12% afirmam que a condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) é insuficiente.

Resultados da pesquisa Genial/Quaest

A pesquisa, que consultou 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro, apresenta algumas divisões significativas na opinião pública. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e a pesquisa possui um nível de confiança de 95%.

  • Exagerada: 49%;
  • Adequada: 35%;
  • Insuficiente: 12%;
  • Não souberam ou não responderam: 4%.

De acordo com o levantamento, há uma clara divisão ideológica: 61% dos entrevistados que se identificam como de esquerda não lulistas consideram a pena adequada, assim como 60% dos lulistas. Por outro lado, a maioria dos bolsonaristas (89%) e daqueles que se identificam como direita, mas não como bolsonaristas (83%), acredita que a pena é exagerada.

A pesquisa conclui que a maior parte da população (55%) acredita que houve uma tentativa de golpe de estado, enquanto 38% discordam dessa afirmação.

O julgamento e a participação de Bolsonaro

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado devido à sua participação em uma tentativa de golpe após a derrota nas eleições presidenciais de 2022. Ao todo, outros sete réus foram condenados, incluindo dois generais do Exército e um almirante da Marinha.

Além disso, 54% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro realmente participou do plano para tentar dar o golpe, ao passo que 34% consideram que ele não se envolveu. A pesquisa também indica que as opiniões estão divididas em relação à imparcialidade do julgamento: 42% acreditam que o julgamento foi imparcial, enquanto 47% afirmam que houve perseguição política.

Opinião sobre o impeachment de Alexandre de Moraes

Quando questionados sobre se o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, deveria sofrer impeachment, as respostas foram majoritariamente contrárias: 52% disseram “não”, enquanto 36% responderam “sim”.

Medidas contra o ex-presidente

Em relação à inelegibilidade de Bolsonaro, 47% consideram a medida adequada, ao passo que 35% avaliam como exagerada. Segundo a decisão do STF, Bolsonaro poderá voltar a concorrer em eleições oito anos após cumprir a pena pela trama golpista.

Os brasileiros também demonstram apoio à prisão domiciliar imposta ao ex-presidente em um processo separado, que envolve seu filho Eduardo. Para 51% dos entrevistados, a medida é adequada, enquanto 28% a consideram exagerada e 16% insuficiente. A utilização de tornozeleira eletrônica também é vista como adequada por 48% dos entrevistados.

A questão da anistia

No que se refere à anistia para envolvidos na tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022, 41% dos brasileiros se opõem à possibilidade. Por outro lado, 36% são a favor da anistia para todos os envolvidos, incluindo Jair Bolsonaro. Outros 10% defendem a anistia apenas para aqueles que estiveram envolvidos nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro.

Esse cenário de polarização revela não apenas as divisões políticas que ainda permeiam o Brasil, mas também a relevância do debate democrático em um momento em que o país busca entender as consequências das ações de seus líderes.

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