Brasil, 17 de setembro de 2025
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Genial/Quaest: Maioria dos brasileiros considera pena de Bolsonaro exagerada

A pesquisa revela a opinião da população sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF.

A recente pesquisa realizada pela Genial/Quaest mostrou que aproximadamente 49% da população brasileira acredita que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 27 anos e 3 meses de prisão é uma pena “exagerada”. Este levantamento, divulgado nesta quarta-feira (17), destaca a polarização da opinião pública em relação à decisão judicial, com 35% dos entrevistados considerando a sentença “adequada” e 12% a vendo como “insuficiente”.

A percepção sobre a pena e outras medidas do STF

De acordo com os dados da pesquisa, a condenação de Bolsonaro não é a única medida a gerar debate. Outras decisões do STF, como a imposição do uso de tornozeleira eletrônica e a inelegibilidade do ex-presidente, foram vistas de maneira mais favorável pela população. A tornozeleira eletrônica foi considerada “adequada” por 48% dos entrevistados, enquanto 35% a julgaram “exagerada”. Em relação à inelegibilidade, 47% consideraram a medida apropriada, enquanto 35% acreditam que é excessiva.

Esses números refletem um cenário onde a maioria da população parece ao menos concordar com algumas das decisões tomadas pelo STF, mesmo que a pena de prisão tenha gerado um forte debate. A pesquisa foi realizada em meio a um clima político intenso, onde as opiniões sobre a justiça e a atuação dos órgãos públicos estão em constante mudança.

Desdobramentos da condenação: a busca por apoio político

A repercussão da condenação de Bolsonaro desencadeou reações entre os principais partidos. Gleisi Hoffmann, por exemplo, pediu aos ministros do Centrão que intensificassem a articulação junto aos deputados para tentar derrubar a urgência da anistia no plenário, em uma clara demonstração da luta política que se intensifica a cada nova decisão do STF. Essa movimentação também tem impacto sobre as percepções do eleitorado, refletindo um tensionamento entre diferentes setores do governo e da sociedade civil.

Opinião sobre tentativas de golpe e a mente do eleitorado

Os dados da Genial/Quaest também revelaram que 55% dos brasileiros acreditam que houve uma tentativa de golpe no país, número que cresceu em relação ao mês anterior, quando era 50%. A posição da população em relação ao ex-presidente também está se solidificando: 54% avaliam que Bolsonaro estava envolvido em um plano golpista, um aumento ligeiro em comparação aos 52% do mês passado.

Este aumento na conscientização sobre os eventos recentes pode ser visto como um reflexo das narrativas que circulam nas redes sociais e na imprensa, onde a figura do ex-presidente é tanto defendida quanto atacada. Ao mesmo tempo, 42% dos entrevistados acreditam que o processo judicial contra Bolsonaro foi imparcial, uma suba em comparação com os 36% registrados no mês anterior, mostrando que a confiança nas instituições também pode estar mudando.

A polarização das opiniões e o futuro da política brasileira

Além das opiniões sobre Bolsonaro, a pesquisa também trouxe à tona a divisão em relação ao atual governo e à política do STF. Com 52% da população contra o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, a resistência a este tipo de iniciativa parece estar crescendo. Apenas 36% apoiam a ideia de impeachment, evidenciando um movimento interessante entre os eleitores que se dizem não ter uma posição política clara.

A pesquisa foi conduzida entre 12 e 14 de setembro e incluiu 2.004 entrevistas presenciais em todo o Brasil, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. Esse estudo não apenas fornece uma visão clara sobre a opinião pública, mas também destaca os desafios que o futuro político do Brasil pode enfrentar, especialmente com uma população tão polarizada nas suas opiniões.

Com a situação política tão volátil, será interessante observar como esses números podem influenciar a próxima eleição e o comportamento dos representantes no Congresso. A pressão para estabilizar a confiança nas instituições parece cada vez mais necessária à medida que o Brasil lida com suas tensões internas.

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