Brasil, 17 de setembro de 2025
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Pesquisa mostra estabilidade na desaprovação do governo Lula

A pesquisa Genial/Quaest revela que 51% dos brasileiros desaprovam o governo Lula, enquanto 46% o aprovam, indicando estabilidade.

A rodada de setembro da pesquisa Genial/Quaest trouxe dados reveladores sobre a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os resultados mostram uma estabilidade na desaprovação e na aprovação da gestão, que permanece praticamente inalterada em relação ao levantamento anterior. A desaprovação continua em 51% e a aprovação em 46%, refletindo a percepção dos cidadãos sobre a condução do governo.

A avaliação do governo Lula em setembro

Este cenário de estabilidade ocorre em um contexto onde os brasileiros têm avaliado a gestão Lula com uma visão crítica. Apesar da leve recuperação observada desde julho, a pesquisa indica que a redução da inflação dos alimentos, considerada um fator chave para a melhora anterior, não teve continuidade. De acordo com a pesquisa, 38% da população classifica o governo como negativo, o que representa uma pequena queda em relação ao mês anterior (39%). Em contrapartida, 31% o avaliam como positivo, e 28% o consideram regular, resultados que se mantiveram estáveis.

Análise dos dados da pesquisa

Um aspecto que chama a atenção é que metade da população (50%) acredita que o governo Lula está aquém das expectativas, um aumento em relação aos 45% registrados anteriormente. Apenas 21% afirmam que o governo está melhor do que o esperado, com um crescimento significativo de pessoas que consideram a administração igual a antes, passando de 16% para 27%. Esta percepção aponta que a confiança no governo ainda é um tema delicado entre os cidadãos.

Programas sociais ainda são bem avaliados

Um ponto positivo identificado na pesquisa é a aceitação dos principais programas sociais implementados pelo governo Lula. Os programas Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular e Bolsa Família são amplamente reconhecidos e aprovados por 89%, 88% e 80% dos brasileiros, respectivamente. Notavelmente, desde março, o percentual de pessoas que consideram esses programas como direitos inalienáveis cresceu de 51% para 65%, evidenciando uma crescente valorização da assistência social.

Percepção sobre tarifas e comércio internacional

Em relação à política comercial, a pesquisa revelou que a maioria dos brasileiros (73%) reprova a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Esta desaprovação, embora esteja crescendo, não se traduziu em um aumento significativo na avaliação do governo Lula. Muitos especialistas sugerem que enquanto as questões internacionais, como as tarifas, podem aliviar a pressão sobre o presidente, elas não estão impactando diretamente sua popularidade.

De acordo com Felipe Nunes, CEO da Quaest, “o efeito do tarifaço no Brasil tem semelhança com o que aconteceu no México, onde a alta das tarifas impulsionou a popularidade da presidente Claudia Sheinbaum, que subiu 4 pontos percentuais e voltou ao mesmo patamar dois meses depois”. A complexidade das percepções sobre a economia global e seus reflexos no cotidiano dos brasileiros são um fator crucial para entender a manutenção da estabilidade na aprovação da administração Lula.

O que os brasileiros pensam do governo Lula

A pesquisa evidenciou que, em termos de avaliação das orientações políticas, 49% dos entrevistados veem Lula e o PT como os que estão atuando de forma mais correta no embate político atual, um ligeiro aumento em relação à pesquisa anterior (48%). Por outro lado, 27% acreditam que Jair Bolsonaro e seus aliados estão conduzindo melhor suas ações políticas. Essa polarização reflete a divisão da opinião pública brasileira e a controvérsia que ainda cerca os últimos anos de gestão.

Os dados foram coletados através de 2.004 entrevistas presenciais realizadas entre os dias 12 e 14 de setembro, numa amostra representativa que garante uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. As próximas semanas serão decisivas para observações mais detalhadas sobre o comportamento dos eleitores em relação às próximas ações do governo, especialmente com o avanço das discussões em torno da agenda econômica e social.

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