Menos de 48 horas após receber alta do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) volta a ser internado. Na terça-feira, o político teve uma crise de soluços e vômitos, além de apresentar pressão arterial baixa, o que gerou a necessidade de monitoramento e realização de exames adicionais durante a noite.
Motivos da internação e quadro de saúde
De acordo com seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente foi aconselhado a permanecer sob observação médica. Ele teve um episódio preocupante em que o diafragma “travou”, resultando em dificuldade para respirar e vômitos intensos. Flávio mencionou que sua esposa, Michelle Bolsonaro, o acompanhou durante a corrida ao hospital, demonstrando a seriedade da situação.
O médico Claudio Birolini, responsável pela equipe que acompanha a saúde de Bolsonaro, explicou que a internação tinha como objetivo realizar uma avaliação clínica, medidas terapêuticas e exames complementares. Ele se referiu ao estado do ex-presidente como um quadro de mal-estar, enfatizando as quedas de pressão arterial e os vômitos que levaram a nova internação.
Histórico de hospitalizações e condições de saúde
Vale lembrar que Bolsonaro já havia estado no Hospital DF Star no último domingo, após ser condenado a uma pena de 27 anos por crimes relacionados à tentativa de golpe. Na ocasião, um boletim médico revelou um estado de anemia e sinais de uma pneumonia recente. Essa sequência de internações suscitou preocupações sobre o estado de saúde do ex-mandatário, especialmente após a condenação.
Os advogados do ex-presidente comunicaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sua situação, anexando um atestado médico que descreve sua condição como um “episódio de mal-estar, pré-síncope e vômitos”. Isso foi fundamental, uma vez que ele está sob prisão domiciliar, e qualquer saída do domicílio requer a comprovação de necessidade médica.
Repercussões emocionais e físicas
O deputado federal Evair de Mello (PL-ES), que visitou Bolsonaro no hospital, ressaltou que a recente condenação teve um impacto emocional significativo no ex-presidente, agravando seu estado de saúde. Ele notou que, mesmo antes da primeira hospitalização, Bolsonaro já mostrava sinais de debilidade e dificuldade para se comunicar.
“Ele parecia debilitado e não conseguia falar muito; tinha crises de soluços seguidas de vômitos”, relatou Mello, destacando como os problemas de saúde de Bolsonaro foram se intensificando nos últimos dias, refletindo a pressão que a condenação provocou.
Segurança e apoio em meio à crise
A ida de Bolsonaro ao hospital no domingo foi cercada por um forte esquema de segurança, com escoltas policiais e revista a apoiadores que o aguardavam na entrada do hospital. Essa vigilância intensificada é uma resposta ao clima de tensão política e à notoriedade em torno do ex-presidente, que continua a atrair atenção significativa da mídia e do público.
Com a saúde fragilizada, o ex-presidente também enfrenta as sequelas do ataque a faca que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018, incluindo episódios de soluços que muitas vezes lhe impedem de se comunicar adequadamente. A implantação de uma dieta líquida foi recomendada para ele enquanto permanece internado.
Perspectivas futuras e defesa legal
O estado de saúde de Jair Bolsonaro poderá influenciar o pleito da defesa para que ele cumpra sua pena em regime domiciliar. O acompanhamento contínuo da equipe médica e as avaliações clínicas serão cruciais para determinar quando o ex-presidente irá receber alta e como a situação irá evoluir a partir de agora.
A expectativa é de que novas informações sobre a condição de Bolsonaro sejam divulgadas pela equipe médica nas próximas horas, conforme as avaliações clínicas sejam concluídas.
Com um futuro incerto pela frente, as questões de saúde e legais que cercam Bolsonaro continuam a ser um tema de atenção e debate no cenário político brasileiro.