Brasil, 17 de setembro de 2025
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Banco Central e Fed avaliam juros em dia decisivo

Decisões importantes sobre as taxas de juros dos EUA e Brasil serão anunciadas nesta quarta-feira (17/9), impactando a economia global e doméstica.

Nesta quarta-feira (17/9), o Banco Central (BC) do Brasil e o Federal Reserve (FED), nos Estados Unidos, irão definir o patamar das taxas de juros, que atualmente estão em 15% ao ano no Brasil e entre 4,25% a 4,5% ao ano nos EUA. Essas decisões terão impacto direto na economia doméstica e nos mercados internacionais.

Expectativas para o Federal Reserve e o cenário americano

O mercado financeiro aguarda que o FED inicie um ciclo de cortes na taxa de juros, algo inédito em 2025 após seis reuniões consecutivas de manutenção ou aumento. Apesar das pressões do presidente Donald Trump, que deseja uma redução rápida para reindustrializar os EUA, analistas apontam que o banco central pode seguir uma postura mais cautelosa.

Pressões políticas e sinais do FED

Trump tem insistido que o ex-presidente Donald Trump pressionou por cortes desde a campanha eleitoral, alegando que o atual presidente do FED, Jerome Powell, “é incompetente” por não reduzir as taxas. Apesar disso, autoridades do Federal Reserve indicam uma preocupação maior com o mercado de trabalho do que com a inflação, o que pode manter uma postura moderada.

“Com a política em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar o ajuste de nossa postura política”, afirmou Powell no mês passado, sinalizando possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para o intervalo de 4% a 4,25%.

Análise de especialistas

A economista do C6 Bank, Claudia Rodrigues, destaca que o FED já reconheceu sinais de desaceleração na atividade econômica. “O número de contratações desacelerou, o desemprego subiu levemente e a inflação se manteve elevada, o que deve influenciar na decisão de manter ou reduzir os juros”, explica. Ela também aponta que pressões inflacionárias devem continuar devido às tarifas de importação e alta nos preços de bens industriais.

Cenário brasileiro com juros estáveis

Por aqui, o mercado espera que o Copom mantenha a taxa Selic em 15% ao ano até o final de 2025, pelo menos. A comunicação do BC tem sido cautelosa, indicando uma avaliação contínua dos impactos do ciclo de alta anterior para decidir sobre a política monetária.

Segundo especialistas, a tendência é a de uma manutenção do patamar atual, com um texto no comunicado que talvez ajuste para “período prolongado”, refletindo uma política monetária mais estável. O próximo encontro do Copom está marcado para os dias 4 e 5 de novembro.

Impacto na economia brasileira

A manutenção dos juros deve ajudar a controlar a inflação, que a meta do BC é de 3%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O objetivo é manter a inflação sob controle enquanto garante a estabilidade do mercado de trabalho.

“Diante do cenário externo de possíveis cortes nos EUA e risco de desaceleração global, o BC tende a seguir com a política de juros elevados por mais tempo”, avalia Flávio Serrano, economista do Banco BMG.


Entenda os juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Os integrantes do Copom decidem se vão cortar, manter ou elevar a Selic, visando controlar a inflação.
  • O aumento dos juros desacelera consumo e investimentos, por tornar o crédito mais caro.
  • Projeções indicam que a taxa deve se manter em patamares elevados durante o governo Lula.
  • A próxima reunião do Copom será nos dias 4 e 5 de novembro.
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