Brasil, 16 de setembro de 2025
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ONU e ativista pedem proteção parental contra intervenções médicas em crianças

Especialistas e ativistas alertam para a importância de os pais participarem das decisões sobre tratamentos de transição de gênero em menores

A ONU e ativistas como Chloe Cole, detransicionada, uniram-se na semana passada para exigir maior suporte aos pais na proteção de crianças contra intervenções médicas de transição de gênero. Durante painel na ONU em Genebra, especialistas destacaram a necessidade de fortalecer o papel dos responsáveis legais na saúde dos menores.

Atuação dos pais na proteção infantil contra intervenções de gênero

Reem Alsalem, especialista da ONU sobre violência contra mulheres e meninas, afirmou que “pais e responsáveis legais devem fazer parte de processos decisórios desde o início”. Ela criticou a ausência de suporte a pais que questionam abordagens afirmativas de gênero, alegando que, em muitos países, eles são vilipendiados ou até separados de seus filhos.

“Ainda assim, em diversos locais, a narrativa vigente que incentiva crianças a decidirem plenamente sobre sua identidade de gênero é considerada perigosa”, criticou Alsalem, que se opõe à ideia de que crianças podem tomar decisões adultas sobre sua saúde física.

Depoimentos de quem passou pelo processo de detransição

Chloe Cole, que passou por tratamentos de transição na adolescência e posteriormente se detransicionou, reforçou a importância de proteger as crianças. “Devemos assegurar que esses erros nunca mais se repitam”, declarou Cole, em defesa do papel dos pais na proteção infantil.

Detransicionada e ativista Chloe Cole pede que líderes globais fortaleçam o papel dos pais e protejam crianças de intervenções médicas prejudiciais. Crédito: ADF International
Detransicionada e ativista Chloe Cole pediu que líderes globais reforcem o papel dos pais na proteção de crianças contra intervenções médicas prejudiciais. Crédito: ADF International

Chloe explicou que seus pais sempre lutaram por sua segurança, mas que suas vozes foram ignoradas pelos profissionais de saúde. “O sistema me privou do apoio que meus pais poderiam oferecer, levando-os a uma escolha desesperada entre perder uma filha para o suicídio ou aceitar uma identidade que não era minha”, desabafou.

Chamado por maior proteção e autonomia dos pais

Giorgio Mazzoli, diretor de advocacy da ADF Internacional, enfatizou que “famílias não são inimigas do Estado, nem obstáculos aos direitos das crianças”. Ele reforçou que os responsáveis são agentes naturais de proteção e que políticas públicas devem respeitar esse papel, sobretudo em temas de saúde e educação.

“Os governos precisam estabelecer diretrizes que salvaguardem os direitos dos pais na tomada de decisões relativas à formação e saúde de seus filhos”, afirmou Mazzoli, destacando a importância de equilibrar os direitos das crianças e o papel dos responsáveis legais.

Perspectivas futuras e disputas em âmbito internacional

O painel faz parte de um esforço maior para limitar o acesso de menores a procedimentos de transição de gênero, em meio a debates globais cada vez mais intensos. Autoridades de diversos países têm considerado mudanças de legislação para reforçar o papel dos pais e restringir intervenções médicas em menores sem consentimento familiar.

Este movimento ocorre em um contexto de forte polarização entre o reconhecimento dos direitos de crianças trans e a proteção contra intervenções consideradas precoces ou irreversíveis. A discussão continua sendo um tema central nas agendas de saúde e direitos humanos internacionais.

Fonte: Catholic News Agency

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