Brasil, 16 de setembro de 2025
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Mercosul e EFTA assinam acordo de livre comércio no Rio de Janeiro

Blocos chegam a um entendimento que cria uma zona de livre comércio que envolve quase 300 milhões de pessoas e US$ 4,3 trilhões em PIB

Nesta terça-feira (16), o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) assinaram, no Rio de Janeiro, um importante acordo de livre comércio. A cerimônia contou com a presença de autoridades como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e simboliza uma nova fase nas relações econômicas entre os dois blocos.

Parceria histórica com potencial de ampliação

O ministro Mauro Vieira classificou o acordo como “histórico” e “inovador”, destacando que facilitará a aproximação entre os países envolvidos e futuros membros do Mercosul. “Este entendimento abre possibilidades para uma integração mais profunda que beneficia empresas e cidadãos de ambas as regiões”, afirmou Vieira. No entanto, ele ressaltou que o pacto ainda precisa passar por etapas de tramitação internas antes de entrar em vigor.

Impactos econômicos e comerciais

Segundo o governo brasileiro, o acordo deve criar uma zona de livre comércio com quase 300 milhões de habitantes, com um Produto Interno Bruto (PIB) agregado de mais de US$ 4,3 trilhões. O texto prevê maior acesso ao mercado, ampliação do comércio bilateral para mais de 97% das exportações e incentivo a pequenas e médias empresas.

“A assinatura representa uma oportunidade de crescimento para o setor produtivo e a melhoria nas regras e procedimentos aduaneiros”, destacou o comunicado do Itamaraty. Além disso, o acordo inclui aspectos relacionados à sustentabilidade, incentivando práticas de produção energeticamente sustentáveis e uma postura mais verde das empresas.

Perspectivas de novas alianças e negociações

Geraldo Alckmin afirmou que o pacto reafirma a força do multilateralismo e destacou negociações em andamento com os Emirados Árabes, além de possibilidades de acordos com o México e a expectativa de formalizar uma parceria com a União Europeia até o fim de 2025.

Questionado sobre a influência do acordo na perda de espaço frente ao tarifário imposto pelos Estados Unidos, Alckmin afirmou que “não é tão simples, mas representa uma importante abertura de mercado”.

Fases e próximos passos do acordo

Embora a assinatura seja um marco, o acordo ainda precisa passar por processos internos de aprovação nos países signatários. Após a tradução e tramitações no Legislativo, a ratificação será formalizada, e o entendimento só entrará em vigor 90 dias após a confirmação formal de pelo menos um país do Mercosul e um da EFTA.

Os principais setores envolvidos nas trocas comerciais entre Brasil e EFTA incluem produtos farmacêuticos, químicos, metais básicos, alimentos e produtos vegetais, evidenciando uma relação de complementaridade e potencial de crescimento.

Segundo análises, o impacto econômico positivo no Brasil pode chegar a R$ 2,69 bilhões no PIB até 2044, com aumento de investimentos e vendas ao exterior. Ainda assim, o avanço dependerá do sucesso na tramitação e na implementação das próximas etapas do acordo.

Para mais detalhes, confira a reportagem completa no G1.

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