Nesta terça-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado em um hospital de Brasília após sofrer uma crise de soluços e vômitos. De acordo com informações fornecidas por Flávio Bolsonaro, seu filho mais velho, o ex-mandatário também apresentou quadro de pressão baixa na hora em que a família decidiu levá-lo para atendimento médico. Acompanhado por policiais que fazem a segurança em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar, Bolsonaro teve ao seu lado a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro durante a emergência.
Detalhes sobre a emergência médica
Flávio Bolsonaro comunicou a situação do pai em declarações à imprensa: “Ele passou mal, foi uma emergência, está com a Michelle. O quadro apresentado antes estava se repetindo: soluços e vômitos. Dessa vez, ele ainda estava com queda de pressão. Policiais o acompanharam”, disse o senador. Esta não é a primeira vez que Jair Bolsonaro é encaminhado ao hospital desde que foi condenado a uma pena de 27 anos por tentativa de golpe e outros crimes.
Na última visita ao hospital, realizada no domingo anterior, o ex-presidente saiu de sua residência para realizar exames e procedimentos médicos. Após a alta, o boletim médico revelou que ele estava com um quadro de “anemia” e uma tomografia indicou a presença de uma pneumonia recente.
Condições da prisão domiciliar
Essa foi a primeira vez que Jair Bolsonaro saiu de casa após a condenação pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto. Desde então, ele está sob prisão domiciliar por suspeita de obstrução de Justiça e precisava de autorização do ministro Alexandre de Moraes para qualquer afastamento do local. Entretanto, em casos de emergência médica, a decisão estabelece que não é necessária autorização prévia, mas a comprovação do estado de saúde deve ser feita em até 24 horas.
Trechos da decisão do STF afirmam que, “havendo necessidade de internação urgente do custodiado por determinação médica, o juízo deverá ser informado em até 24 horas de sua efetivação, com a devida comprovação.” Diante da emergência desta terça-feira, essa regra poderá ser aplicada novamente, caso se comprove a necessidade da internação.
Medidas de segurança no hospital
A saída de Bolsonaro para o hospital no domingo foi marcada por um esquema de segurança reforçado, incluindo escolta policial, varredura na porta do hospital e revista em mochilas de apoiadores que estavam presentes em frente à unidade de saúde. A presença de apoiadores era evidente, e muitos deles aguardavam ansiosamente por notícias sobre a saúde do ex-presidente.
Apoio dos seguidores
Após receber alta no último domingo, Bolsonaro saiu do hospital cercado pelos filhos Jair Renan e Carlos. Ele ficou em pé por aproximadamente cinco minutos antes de entrar no carro, enquanto os apoiadores entoavam gritos de apoio como “volta Bolsonaro” e “anistia já”. Mesmo com o semblante sério, cumprimentou alguns policiais que faziam parte da escolta, mas não se dirigiu aos apoiadores com palavras.
A situação de Jair Bolsonaro atraiu a atenção nacional não apenas pela gravidade dos seus problemas de saúde, mas também pelo contexto político em que se encontra. Com sua prisão domiciliar e os desdobramentos judiciais, a saúde do ex-presidente é monitorada de perto, tanto por seus familiares quanto pelo público, que continua a acompanhar sua jornada e as decisões da Justiça.
Com o cenário ainda indefinido sobre a saúde e a situação política de Bolsonaro, os brasileiros permanecem atentos às notícias e às consequências que essa trajetória poderá ter no panorama nacional.
