Brasil, 16 de setembro de 2025
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Ministro da Justiça recebe visto para participar da ONU

Ricardo Lewandowski agora poderá acompanhar Lula em Nova York, apesar das tensões nas relações Brasil-EUA.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, recebeu nesta terça-feira o visto que lhe permite entrar nos Estados Unidos. Sua entrada no país foi suspensa há algumas semanas, mas ele deve integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viajará para Nova York na próxima semana. O objetivo da viagem é participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para o dia 23 de setembro.

Protestos do governo brasileiro

Na última sexta-feira (12), representantes do governo brasileiro manifestaram, em reunião em Nova York, seu descontentamento com a demora na concessão de vistos pelos Estados Unidos para os participantes da Assembleia Geral da ONU. A queixa ocorreu durante um debate sobre a proibição de palestinos entrarem em território americano, demonstrando um descontentamento claro com a política de vistos do país anfitrião.

Situação dos membros da comitiva

Embora Lewandowski tenha conseguido seu visto, outros integrantes da comitiva de Lula ainda enfrentam incertezas. Membros do governo dos EUA indicaram na semana passada que poderiam restringir a entrada de alguns brasileiros associados à viagem. Entre eles está o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cujo pedido de visto ainda está pendente, gerando preocupação sobre sua participação nos eventos planejados.

Relações Brasil-EUA em crise

As relações entre Brasil e Estados Unidos estão passando por um momento difícil. A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) acrescentou mais tensão ao cenário diplomático. Integrantes do governo americano expressaram a possibilidade de novas sanções contra autoridades brasileiras, com foco especial no ministro do STF, Alexandre de Moraes. A situação desencadeou um clima de expectativa e insegurança a respeito da viagem de Lula a Nova York.

Expectativa para a Assembleia Geral

Lula está previsto para embarcar para Nova York no próximo fim de semana e permanecer nos EUA até o dia 25 de setembro. Durante sua estadia, o presidente brasileiro deve discursar na abertura da Assembleia Geral, sucedendo o discurso do presidente dos Estados Unidos. Além disso, Lula participará de eventos relacionados à democracia, mudanças climáticas e à criação de um Estado palestino, temas centrais nas pautas internacionais atuais.

A agenda presidencial reflete a intenção do Brasil de se reposicionar no cenário global e reafirmar seu compromisso com causas importantes. Enquanto isso, os desafios nos bastidores continuam a fluir, especialmente na relação com os EUA, que, conforme afirmado por Lula anteriormente, requer um contínuo espaço para negociação e diálogo.

Visão crítica da relação comercial

Com relação ao impacto econômico dessas tensões, é importante mencionar que o ex-presidente Donald Trump sempre deixou claro que só negociaria o fim da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros se o processo contra Bolsonaro fosse arquivado. Como essa condição não foi atendida, a relação comercial entre os dois países também se encontra em suspense, somando mais um item à lista de desafios que Lula terá que enfrentar nessa viagem.

Com a mente focada nos desafios à frente, a presença de líderes brasileiros na Assembleia Geral da ONU é uma oportunidade valiosa para o Brasil reafirmar sua posição no cenário internacional e trabalhar em prol do fortalecimento de laços diplomáticos, apesar das barreiras enfrentadas em relação à obtenção de vistos.

Em resumo, a viagem de Lula à Nova York para a Assembleia Geral da ONU é um passo importante para a diplomacia brasileira, que, mesmo em meio às dificuldades nas relações com os EUA, busca um diálogo aberto e produtivo sobre questões que impactam a comunidade internacional.

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