Brasil, 16 de setembro de 2025
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Ministro da Saúde se declara indiferente sobre visto para a ONU

Alexandre Padilha afirma que não se preocupa com visto e questiona interesses de quem deseja ir aos EUA.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, gerou discussões ao declarar que não está preocupado com a espera pela resposta dos Estados Unidos sobre o seu pedido de visto para participar da Assembleia-Geral da ONU, programada para a próxima semana. Em uma coletiva, ele foi categórico: “Tô nem aí”. A declaração provocou reações nas redes sociais e entre líderes políticos.

A postura do ministro e críticas ao lobby nos EUA

Em seu discurso, Padilha destacou que só se preocupa com o visto quem tem interesse em ir para os EUA, insinuando que muitos usam essa viagem para fazer “lobby de traição da pátria”. Ele também fez menção à política externa, reafirmando que seu compromisso é com o Brasil e não com as demandas dos Estados Unidos.

“Só fica preocupado com isso quem quer ir para os Estados Unidos. Eu não quero ir”, disse, reiterando que seu foco está nas necessidades do país e na população brasileira. A declaração de Padilha foi uma resposta direta a perguntas de jornalistas sobre a situação do visto.

Histórico de vistos e a situação atual

Recentemente, o governo americano cancelou os vistos da esposa e filha de Padilha, uma ação que foi interpretada como uma retaliação às críticas do ministro ao governo Trump. No entanto, o visto de Padilha não foi cancelado, uma vez que já estava vencido desde 2024. O ministro se encontra nesse impasse devido à sua participação na criação do programa Mais Médicos, que contou com a colaboração de médicos cubanos, um ponto sensível nas relações Brasil-EUA.

Padilha, em tom de reflexão, afirmou que ainda não decidiu se irá ou não à Assembleia-Geral, colocando como prioridade neste momento a aprovação da Medida Provisória que cria o programa “Agora Tem Especialistas”, que visa melhorar a saúde pública no Brasil.

Possibilidade de viagem e acordos internacionais

Embora tenha demonstrado desinteresse em sua ida aos Estados Unidos, no mês passado, o ministro havia declarado que poderia comparecer ao encontro devido a um acordo internacional que garante a entrada de autoridades convidadas em encontros promovidos pela ONU. Segundo ele, “existe o acordo de sede. Quem hospeda um organismo do sistema ONU precisa assegurar o acesso às autoridades credenciadas”.

Padilha, no entanto, deixou claro que a decisão final sobre sua ida ainda dependeria do “cenário interno”, o que sugere que a política local e os desafios no Brasil influenciam diretamente sua tomada de decisão. Essa postura reflete a complexidade da situação política atual e a necessidade de priorizar ações que beneficiem os brasileiros em vez de se comprometer com pressões externas.

Conclusão: Entre política interna e relações internacionais

A situação de Alexandre Padilha é emblemática das tensões entre a política interna brasileira e as expectativas internacionais, especialmente depois do que muitos consideram como uma era de descompasso nas relações Brasil-EUA. As declarações do ministro não apenas lançam luz sobre sua visão e compromissos atuais, mas também abrem espaço para discussões mais amplas sobre a autonomia do Brasil em traçar seus próprios destinos, independente das influências externas.

Enquanto aguarda por uma resposta sobre o visto, Padilha se coloca em um dilema que muitos políticos enfrentam no cenário atual: navegar entre as obrigações e a autonomia, enquanto luta por um sistema de saúde que permita atender às necessidades da população. Sem dúvida, o próximo capítulo dessa história será moldado por suas decisões nos próximos dias.

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