A taxa de desemprego no Brasil está em seu menor nível histórico, o que, segundo especialistas, reforça o risco de pressão inflacionária. Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, estima a taxa de desemprego natural do país em torno de 8%, bem acima do patamar atual de 5,6%, o que sugere que o mercado de trabalho não está atuando como fonte de pressão sobre a inflação neste momento.
Mercado de trabalho e impacto na inflação
O diferencial entre o núcleo de inflação de serviços intensivos em mão de obra e a taxa de desemprego indica que o mercado de trabalho ainda representa uma potencial ameaça de aumento da inflação. De acordo com Tatiana Pinheiro, essa disparidade mostra que o mercado de trabalho é um dos últimos segmentos a reagir às mudanças na política monetária.
Projeções de política monetária
Com base nesse cenário, os analistas mantêm a expectativa de desaceleração da atividade econômica a partir do segundo semestre de 2024. Estão previstos cortes na taxa Selic a partir de dezembro de 2025, com uma taxa terminal estimada em 14,50% ao final do ano.
Contexto e perspectivas futuras
Embora o mercado de trabalho continue favorável aos trabalhadores, o cenário ainda não apresenta sinais de que a inflação esteja sendo controlada de forma consistente. “Se a taxa de desemprego estivesse muito abaixo da taxa natural, a pressão sobre a inflação seria maior”, explica Tatiana Pinheiro. Fonte
Especialistas continuam atentos ao momento para ajustar suas projeções considerando a evolução do mercado de trabalho e a trajetória da inflação rumo à redução da taxa de juros.