Na madrugada desta segunda-feira, Tóquio foi palco de uma das chegadas mais emocionantes da história das maratonas, quando o atleta tanzaniano Alphonce Felix Simbu conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial, que, pela primeira vez, foi decidido por um sistema de “photo finish”. A disputa intensa entre Simbu e o alemão Amanal Petros culminou em uma diferença de apenas 0,03 segundos, garantindo a vitória histórica para a Tanzânia.
A emoção do último sprint
O evento, que ocorreu no Estádio Nacional de Tóquio, não apenas brindou os espectadores com um espetáculo de atletismo, mas também fez história ao ser consagrado como a maratona mais disputada de todos os tempos. Simbu, que já havia conquistado o bronze na maratona de Londres em 2017 e terminado em segundo na maratona de Boston, finalmente alcançou o tão sonhado ouro.
A chegada foi marcada por uma pressão imensa, onde ambos os corredores cruzaram a linha quase simultaneamente, com a foto decisiva revelando Simbu na liderança. De acordo com cronometragens, ambos completaram a maratona em 2h09min48, mas a milésima de segundo a mais para Petros fez toda a diferença.
História da maratona mais disputada
O duelo de Simbu e Petros superou até mesmo a clássica disputa de 2001 em Edmonton, onde o etíope Gezahegne Abera venceu o queniano Simon Biwott por um segundo. Na maratona olímpica de Atlanta em 1996, o sul-africano Josia Thugwane fez uma chegada apertada que durou três segundos.
Além do ouro de Simbu e da prata de Petros, o italiano Iliass Aouani conquistou o bronze, atravessando a linha com o tempo de 2h09min53. Essa vitória não é apenas um triunfo pessoal para Simbu, mas também um marco significativo para a Tanzânia, que nunca havia conquistado um título mundial na maratona antes.
Desafios e superações ao longo da carreira
A trajetória de Simbu é marcada por desafios e superações. Ele terminou em quinto lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e se posicionou em sétimo lugar em Tóquio 2020, também acumulando experiências valiosas. Somado a isso, seu desempenho neste Mundial reafirma sua consistência e determinação, sendo influente no cenário mundial da maratona.
O atleta revelou seus sentimentos após a corrida, dizendo: “Quando entrei no estádio, não tinha certeza se venceria. Fiquei ansioso até ver o telão com meu nome em primeiro. Ali, senti um alívio imenso”.
Impacto e relevância da vitória
O resultado desta maratona certamente terá um impacto significativo no ranking de maratonistas, onde Simbu, atualmente classificado em 70.º na lista de todos os tempos, poderá ver sua notoriedade crescer. Sua melhor marca até hoje é de 2h04min38, conseguida em Valência, na Espanha, em dezembro de 2024. Essa conquista em Tóquio simboliza não apenas um prêmio individual, mas uma grande vitória para o esporte na Tanzânia.
O incidente também descreve um fundo interessante, onde a corrida se iniciou com um reinício forçado após um falso disparo em um evento que, geralmente, é mais comum em provas de velocidade. O abandono de corredores de destaque, como os etíopes Tadese Takele e Deresa Geleta, adicionou mais emoção e imprevisibilidade à competição.
Assim, a maratona de Tóquio reafirma a relevância do atletismo a nível mundial, proporcionando ao público momentos inesquecíveis e emocionantes, além de destacar a habilidade e determinação dos atletas, que agora olham para o futuro com esperança renovada, buscando sempre novas conquistas.
No panorama global das maratonas, a vitória de Simbu representa um novo capítulo, e a expectativa é alta para o que o futuro reserva para este atleta em ascensão e para a Tanzânia nas competições que virão.
