O Brasil registrou uma redução na taxa de desemprego, chegando a 5,6% no trimestre até julho, o que representa a menor desde o início da série do IBGE em 2012. Os dados, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma melhora significativa no mercado de trabalho do país. No trimestre anterior, a taxa era de 5,8%, indicando uma tendência de recuperação.
Recuperação do mercado de trabalho
No final de julho, o país tinha 6,118 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente desde o último trimestre de 2013, quando eram estimados 6,1 milhões. Paralelamente, o número de pessoas ocupadas atingiu 102,4 milhões, o maior já registrado na série histórica do IBGE.
Outro destaque da pesquisa é o recorde de trabalhadores com carteira assinada, totalizando 39,1 milhões de pessoas. O levantamento, realizado com pessoas a partir de 14 anos, apura todas as formas de ocupação, incluindo temporários, autônomos e trabalhadores informais.
Detalhes da pesquisa e atrasos na divulgação
A pesquisa do IBGE avalia o comportamento no mercado de trabalho com base em visitas a 211 mil domicílios distribuídos por todos os estados e no Distrito Federal. A metodologia considera somente aquelas pessoas que procuram efetivamente uma vaga de emprego.
A divulgação dos dados foi atrasada em 18 dias, após problemas técnicos na elaboração do relatório, que originalmente seria publicada em 29 de agosto. Segundo o IBGE, o atraso ocorreu devido a dificuldades no processamento das informações.
Perspectivas para o mercado de trabalho
Especialistas avaliam que o declínio na taxa de desemprego reflete uma recuperação gradual da economia brasileira, influenciada por fatores internos e externos. O aumento do número de pessoas ocupadas e de empregos com carteira assinada sugerem uma retomada positiva, embora ainda existam desafios a serem enfrentados para consolidar essa tendência.
Para o economista João Pereira, a geração de empregos formais e a redução na desocupação indicam uma melhora no cenário econômico do país. Ele destaca, ainda, que as políticas de incentivo ao mercado de trabalho serão fundamentais para sustentar essa recuperação nos próximos meses.
O dado reforça a expectativa de que o Brasil continuará no caminho da recuperação econômica, com a criação de novos postos de trabalho e maior estabilidade no mercado.