A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta terça-feira (16/9) a proibição da venda de todos os azeites de oliva da marca Los Nobles, além do suplemento alimentar Zempyc, Natural-Mega Concentrado 730 mg, que promete emagrecimento, entre outros produtos. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), gerando preocupação entre os consumidores e a indústria de alimentos.
A origem desconhecida dos produtos
Segundo informações da Anvisa, a marca Los Nobles não apresenta um histórico confiável de origem. A proibição foi motivada pela suspeita de que esses produtos eram produzidos de forma clandestina, visto que não possuíam a autorização prévia da Anvisa para exportação e tampouco estavam registrados na Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Anmat) da Argentina.
A incerteza em relação à origem dos produtos alimentícios tem sido um ponto crítico na segurança alimentar, e a Anvisa tem intensificado suas ações para garantir que os itens disponibilizados ao mercado brasileiro estejam em conformidade com as normas estabelecidas, visando proteger a saúde da população.
O caso Zempyc e as alegações irregulares
Outro produto que recebeu a proibição foi o suplemento Zempyc, fabricado pela empresa Preço Justo Gestão Empresarial. A Anvisa determinou a suspensão de todos os lotes do produto, uma vez que o rótulo indicava que ele era fabricado pela Sorocaps Indústria Farmacêutica, que, ao ser consultada, não identificou nenhum produto sob essa denominação em seus controles internos. Além disso, o Zempyc foi classificado como de origem desconhecida e com composição indefinida.
As alegações irregulares feitas na propaganda do suplemento são alarmantes, uma vez que incluem termos como “emagrecedor”, “aumenta a queima de gordura” e “acelera o metabolismo”. Tais afirmações são consideradas enganosas e não possuem respaldo científico, o que representa um risco importante à saúde dos consumidores.
Outros produtos sob vigilância
A Anvisa também suspendeu a propaganda de produtos alimentícios como “Oh A Água Azul”, “Oh A Água Verde” e “Oh A Água Rosa”, todos da empresa DF&M Alimentos. As alegações feitas por esses produtos, que prometem propriedades medicinal e terapêuticas, foram consideradas inadequadas pela Anvisa. Uma das frases veiculadas —“hidrata 10x mais”— levanta questionamentos sobre a veracidade das funções dos produtos.
Além disso, a agência impôs restrições ao alimento Kit-Fit-Turbo da GVL Indústria de Suplementos Alimentares, que apresentou uma composição desconhecida, e foram reportados efeitos adversos graves, como taquicardia e episódios de vômito e diarreia. Esses problemas levantam a necessidade de cuidados ainda maiores em relação aos produtos que prometem benefícios para a saúde sem a devida validação científica.
Impacto na segurança alimentar
Essas proibições reforçam a importância da vigilância sanitária no Brasil e a necessidade de os consumidores estarem cada vez mais atentos ao que compram. A Anvisa tem se mostrado vigilante, fiscalizando produtos e garantindo que aqueles que não atendem às normas sejam retirados do mercado.
A realização de compras conscientes, aliada à consulta de informações de qualidade sobre os produtos, é essencial para a proteção da saúde. Em casos como o dos produtos citados, a falta de clareza quanto à origem e eficácia pode causar danos irreversíveis à saúde dos consumidores.
A reportagem tentou entrar em contato com as empresas mencionadas e promete manter espaço aberto para novas manifestações e esclarecimentos sobre as ações e medidas alegadas.
Aproximar os consumidores das questões de segurança alimentar e fortalecer a transparência na relação entre empresas e consumidores são passos importantes para assegurar um mercado mais seguro e saudável para todos.