A taxa de desocupação do Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho, alcançando o menor nível desde o início da série histórica em 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta terça-feira. O resultado ficou acima da expectativa dos analistas, que previam uma queda para 5,7%, de acordo com a mediana das projeções reunidas pela Bloomberg. Em abril, a taxa chegou a 6,6%.
Recorde na ocupação e redução na população desalentada impulsionam o mercado de trabalho
O número de pessoas ocupadas atingiu um recorde de 102,4 milhões, com a taxa de ocupação mantendo o percentual recorde de 58,8%. Além disso, o total de funcionários com carteira assinada foi de 39,1 milhões, outro recorde histórico. Assim, o contingente de desocupados caiu para 6,1 milhões, o menor desde o último trimestre de 2013, segundo o IBGE.
William Kratochwill, analista do IBGE, destacou que os números “sustentam o bom momento do mercado de trabalho, com crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, ou seja, um mercado mais ativo”.
Estabilidade na força de trabalho e redução dos desalentados
A população fora da força de trabalho permaneceu em 65,6 milhões, indicando estabilidade. O número de pessoas desalentadas, que desistiram de procurar emprego, caiu para 2,7 milhões, representando uma redução de 11% no trimestre e de 15% no acumulado do ano. O percentual de desalentados recuou para 2,4%, o menor desde 2012, com uma diminuição de 0,3 ponto percentual no trimestre e 0,4 ponto no ano.
Kratochwill reforça que esses indicadores demonstram que as pessoas que saíram da população desocupada não estão abandonando a força de trabalho ou se tornando desalentas, mas ingressando de fato no mercado laboral.
Setores que puxaram a alta na ocupação
O aumento na ocupação foi liderado por três setores principais:
- agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: aumento de 2,7%, ou 206 mil pessoas;
- informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: aumento de 2,0%, ou 260 mil pessoas;
- administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: aumento de 2,8%, ou mais de 522 mil pessoas.
Especialistas avaliam que os números indicam um mercado de trabalho mais dinâmico e saudável, refletindo em melhorias tanto na geração de empregos quanto na qualidade das vagas criadas.
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