Uma rede internacional chamada “Priests Against Genocide” declarou seu apoio à paz em Gaza, destacando a presença de Cristo naqueles que vivem sob opressão. O grupo, fundado na Itália por padres católicos, realizou uma coletiva online nesta segunda-feira (15), para denunciar o atual conflito entre Israel e Hamas, além de promover uma campanha de oração e reflexão mundial.
Nota de esperança e solidariedade
Com o slogan “Christ died in Gaza”, a rede busca expressar solidariedade aos palestinos afetados pelo conflito e colocar-se como voz de resistência ao que chamam de genocídio. Mais de 550 sacerdotes de diferentes nacionalidades, incluindo sete bispos — entre eles o arcebispo de Rabat, Cardeal Cristóbal López Romero — assinaram a iniciativa, que visa promover uma cultura de paz e justiça.
Padres reafirmam postura de não oposição a ninguém
O padre Pietro Rossini, representante do grupo, afirmou que a ideia não é “se posicionar contra” qualquer lado, mas defender a vida e o respeito às leis internacionais. “Nosso compromisso é pelo respeito à dignidade humana, condenando toda forma de violência e promovendo o diálogo”, destacou. Segundo ele, “não somos políticos, somos pastores que defendem o Evangelho e os direitos humanos”.
Condenação de Hamas e Israel
Rossini destacou ainda: “Condemamos veementemente o massacre de 7 de outubro, os assassinatos, sequestros e ações terroristas do Hamas. Entretanto, reforçamos nossa condenação à resposta desproporcional de Israel, às ofensivas que matam civis inocentes — muitas vezes alegando erros não intencionais —, além de práticas que incluem o uso da fome como arma de extermínio e o genocídio contra os palestinos.”
Chamado à ação e oração
Durante a coletiva, padres afirmaram sentir a urgência de dar voz aos inocentes e defendem um esforço internacional por justiça. O padre Rito Maresca, do Sorrento-Castellammare, comparou a iniciativa a “David contra Golias”, por enfrentar a violência. Também estão previstos atos de oração na próxima semana em Roma, antes da assembleia da ONU, incluindo uma procissão e leituras de testemunhos de palestinos vítimas do conflito.
Logo e evento em Roma
A campanha foi oficializada com uma logomarca criada pelo artista Gianluca Costantini, que retrata uma mãe palestina chorando pelo filho morto, Mohammed Zakaria, com a frase em inglês: “Christ died in Gaza”. A primeira manifestação pública ocorrerá em 22 de setembro, na igreja de São André no Quirinal, com uma missas e uma marcha até a Câmara dos Deputados italiana, onde testemunhos serão lidos em diversos pontos da cidade.

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A primeira ação pública do grupo será em 22 de setembro, em Roma, com uma oração na Igreja de São André e uma marcha até o Parlamento. Padre Massimo Nevola, da Casa Jesuíta de Roma, afirmou que o Papa e os bispos ainda não endossaram oficialmente a iniciativa, mas também não se opõem a ela. Fonte.