Desde a morte do ativista cristão conservador Charlie Kirk na semana passada, movimentos religiosos nos Estados Unidos relataram um aumento significativo na presença em missas e atividades espirituais, inclusive entre jovens que tradicionalmente não frequentam igrejas. A onda de fé foi atribuída, por muitos, ao chamado “efeito Charlie Kirk”.
Impacto no mundo acadêmico e religioso
Matt Zerrusen, cofundador da Newman Ministry, ONG católica que atua em cerca de 250 campi norte-americanos, comentou com a CNA que lideranças universitárias de diversas regiões relataram aumento na frequência às missas. “Todos os líderes com quem conversei viram crescimento nas celebrações, alguns chegando a 15% a mais do que o habitual”, revelou.
Segundo Zerrusen, muitos estudantes estão procurando orientação espiritual, questionando temas como o mal e a ação de Deus diante de tragédias. “Temos recebido jovens querendo entender o que fazer, refletindo sobre questões fundamentais da fé”, acrescentou.
Repercussão nas redes sociais e relatos de fé renovada
Nas plataformas X, TikTok e Instagram, internautas têm compartilhado histórias de como o assassinato de Kirk motivou novas tentativas ou retomadas de participação na igreja. Uma usuária do X, @TONYxTWO, divulgou um vídeo no TikTok mostrando um jovem que precisou estacionar “cinco quarteirões longe da igreja porque há muita gente querendo participar”.
Outra pessoa, que se identifica como “Devout Aggie” e católica, relatou no Twitter que seu próprio filho, que não costuma ir à missa, pediu para acompanhá-la no último final de semana, atribuindo sua decisão ao “efeito Charlie Kirk”.
Respostas de lideranças religiosas
O vigário-geral da Diocese Católica de Salt Lake City, padre John Evans, afirmou à KSL-TV que notou uma “leve alta” na frequência às missas após o domingo seguinte ao assassinato. Ele destacou, no entanto, que o movimento de oração e união espiritual começou antes, com grupos reunidos para rezar o rosário e orações diversas.
“As pessoas se reuniram de forma espontânea, orando por Kirk e buscando força na fé”, disse Evans.
Perspectivas futuras e o papel das redes sociais
Especialistas e lideranças religiosas avaliam que essa resposta de fé pode permanecer por mais tempo, estimulada pelo impacto emocional causado pelos eventos recentes. A combinação de manifestações espontâneas de oração e o fortalecimento do sentimento de comunidade sinaliza uma renovação espiritual que vai além da simples likeability de figuras públicas.
O fenômeno demonstra, ainda, o poder das redes sociais em mobilizar e fortalecer o sentimento religioso. Como observou uma líder jovem de uma paróquia de Nova York, “o que começou por uma tragédia virou uma onda de esperança e oração, principalmente entre os mais jovens”.
Segundo fontes ligadas à igreja, espera-se que esse movimento continue nutrindo novos fiéis e reforçando o papel da fé em momentos de crise.