Brasil, 16 de setembro de 2025
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Qualidade do ar em Ribeirão Preto é classificada como ruim

Temperaturas elevadas e baixa umidade aumentam a poluição atmosférica em Ribeirão Preto, afetando a saúde da população.

Ribeirão Preto, SP, se tornou um dos focos de preocupação em relação à qualidade do ar no Brasil. Nos últimos dias, a cidade tem registrado índices alarmantes de poluição, levando a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) a classificar o ar como ruim. Com uma umidade relativa que caiu para impressionantes 6%, os moradores já sentem os efeitos diretos na saúde diária e no ambiente ao seu redor.

A rotina dos moradores: poeira e desconforto

A aposentada Silvana Vecchi Rodrigues é um exemplo claro dos desafios enfrentados pelos cidadãos. Ela relata que, após limpar sua casa em Ribeirão Preto, a poeira se acumula rapidamente, tornando a tarefa de manter o local limpo praticamente impossível. “Eu passo pano umas seis vezes. Não sou neurótica, mas é necessário. Se ficar um dia sem passar pano, tem que lavar toda a casa. O pano sai vermelho de terra”, afirma Silvana, refletindo a frustração de muitos que vivem na região.

Além de uma casa enfumaçada, o céu também exibe um aspecto embaçado, resultado direto da presença de partículas minúsculas suspensas no ar. Segundo o professor de química, Murilo Innocentinni, essa situação é um reflexo do clima seco e quente, típico dessa época do ano. “Normalmente, essas partículas têm um tamanho menor que 100 micra, visando a saúde. As partículas que chegam aos nossos pulmões, como as MP10, têm um tamanho menor que 10 micra”, explica.

Partículas perigosas no ar

Essas partículas, que incluem poeira e fumaça de queimadas, são mais abundantes em Ribeirão Preto durante os meses de agosto e setembro. A seca e o calor favorecem a formação de substâncias prejudiciais à saúde, e o professor Innocentinni adverte que as menores partículas, com tamanho de 2,5 micra, são as mais perigosas, pois conseguem atingir os alvéolos pulmonares. Isso aumenta o risco de problemas respiratórios e outras complicações de saúde.

Para exemplificar a gravidade da situação, um fio de cabelo possui 70 micra de diâmetro, e as partículas perigosas em Ribeirão Preto são significativamente menores. O professor observa que a fumaça proveniente das queimadas é um dos maiores vilões, já que é mais rica em partículas MP2,5, aumentando o risco à saúde respiratória dos habitantes da cidade.

Impactos na saúde dos cidadãos

Os efeitos na saúde da população local são palpáveis. Silvana é uma das muitas pessoas que se queixam de garganta seca, olhos ardendo, tosse persistente e nariz ressecado devido à poluição. A aposentada enfatiza a importância da hidratação: “Tem que tomar cuidado. Toda hora é água, muito mais do que estou acostumada. Eu ando com uma garrafinha na mão onde quer que eu vá.” Este relato ilustra como a população local deve se adaptar a condições que deveriam ser excepcionais, mas que se tornaram uma nova realidade.

Além disso, a situação é um reflexo das mudanças climáticas e da impactante ação humana sobre o meio ambiente. Queimadas frequentes e desmatamento são algumas das causas que agravam a qualidade do ar na região, tornando o futuro um desafio, não apenas para Ribeirão Preto, mas para diversas áreas do Brasil que enfrentam problemas similares.

Buscando soluções

Em meio a essa crise de qualidade do ar, é fundamental que a comunidade e as autoridades locais se mobilizem em busca de soluções. A conscientização sobre a importância da preservação ambiental e medidas efetivas para reduzir queimadas e poluição são essenciais para garantir um ar mais limpo e saudável.

Campanhas de conscientização, investimento em tecnologias limpas e o fortalecimento da fiscalização ambiental podem ajudar a melhorar os índices de poluição. Enquanto isso, a população de Ribeirão Preto continua a enfrentar desafios diários em busca de um ambiente mais saudável.

Por fim, fica a recomendação para que todos os cidadãos continuem acompanhando as atualizações sobre a qualidade do ar e adotem práticas que melhorem sua saúde e bem-estar, enquanto se aguardam ações efetivas das autoridades competentes.

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